quinta-feira, maio 30, 2013
Hoje percebi porque os filmes me fazem chorar tanto. Os filmes, no geral contam vidas, victórias, contam batalhas ganhas, outras perdidas... mas lutadas. Contam estórias que vale a pena contar. Estórias que contam. Contam desafios. Mostram como a força de vontade, a preserverança, o sacrifício constroiem a própria vida. Os filmes contam a vida. E eu?... Eu estou morta. Não há batalhas heroicas aqui. Há curtas, ténues e inconsistentes tentativas de fazer alguma coisa. Como se estivesse a jogar um interminável jogo de Ténis e só avançasse para a bola um vez hoje, outra daqui a um mês e mais uma duas semanas depois... sempre a perguntar-me quando começarei a jogar. Sempre a julgar-me e penalizar-me por ainda não ter começado mas continuando a alimentar a ideia que um dia há-de acontecer. Não! Não tenham ilusões... não é esperança... é uma triste desculpa para continuar a adiar... mais uma jogada, mais um dia, mais um ano...
terça-feira, maio 07, 2013
segunda-feira, maio 06, 2013
Queria adormecer e não acordar mais. Não sei se foi o dia da mãe que ainda não foi o meu dia... não sei. Não sei se foram os anos do avô e estar com a minha família. Cada vez me custa mais estar com os outros mas cada vez sinto mais a sua falta. Quando estou aqui quero estar lá com eles mas depois não aguento. Tenho vergonha. Tanta vergonha. Sinto-me um fracasso tão grande. Uma decepção. Sou a decepção em pessoa. Podia ser tudo e não sou nada porque não fiz nada para ser alguém. Sou só uma gorda fraca que não faz nada de jeito, já nem sabe ser querida e amiga porque está sempre preocupada com os seus problemas. Amarga. Fria. Desconfiada. Não quero ser esta pessoa. Só não sei ser mais ninguém.
terça-feira, maio 01, 2012
FRESH START
Fresh start! Enfrentar o Mundo com uma ficha limpa! Começar de novo, de cara lavada!
É facil perceber que se pode apresentar uma cara lavada perante os outros. Podemos mudar o nosso universo de contactos e fingirmos ser diferentes. Podemos prometer que agora é que vai ser, que já pagámos pelos nossos pecados e que nada será como dantes. Mas... (eu tenho sempre um mas) e perante nós próprios? Podemos? De um dia para o outro simplesmente dizer: A partir de agora vou fazer e acontecer e não vou repetir determinados erros!? Ou até, com uma carga mais leve, afirmar que não vamos insistir neste ou naquele erro, neste ou naquele caminho? Será que podemos? E se já o fizemos tantas e tantas vezes e não deu em nada?
Analizando os últimos 7 anos que registo neste blog, tudo continua na mesma (ou pior). Muda só aquilo que tenho de fazer. As dificuldades são as mesmas, os mecanismos de sabotagem serão a versão actualizada Sabotagem 2012.5 e ah!... pois estava a esquecer-me! Estou quase com 100 Kg! Dizia uma amiga minha, no contexto de se ter visto ao espelho e começado uma dieta (e imagino que a leve a sério), que não pode ter nojo de si própria! Não pode? Porquê? Implode se isso acontecer? Vaporiza a sua existência pelo planeta como se nunca tivesse existido? O que é que acontece que a impede de se permitir chegar ao ponto de "ter nojo de si própria"? O quê? O quê? E porque é que eu não tenho isso? Porque é que eu não me levo a sério? Não me respeito? Como é que posso começar de novo se não me levo a sério? Quantas vezes já passei pelo "a partir de agora..." com toda a convicção, com toda a determinação e fé que ía mudar e nem um dia mantive a promessa? Como é que se volta a acreditar?
Lembro-me de ter dentro de mim uma fúria que me movia. Lembro-me do "não posso perder esta luta", e não podia mesmo! Lembro-me do "nem pensar que fico para trás nesta corrida"! Lembro-me do "ai não consigo..." quando alguém duvidava de mim e me tornava imbatível. Lembro-me duma revolta que vinha de dentro de mim que em palavras é algo como "ai de mim se não consigo!" e do "se aqueles conseguem eu também tenho de conseguir". Eu já tive essas ganas. Em miúda. E fazia e acontecia. Porque tinha esse fogo em mim. Agora não tenho nada além de pena e vergonha de mim mesma. Pena de mim mesma.... e tenho pena de mim por ter pena de mim porque ter pena de alguém é um sentimento ignóbil. Miserável. Pelo menos é o que dizem. E eu acredito. Com 37 quase quase 38 anos e 96 Kg, cheia de dores de costas e sem mobilidade nenhuma, perra como nunca imaginei que fosse possível (o meu avô vai fazer 88 e é mais ágil do que eu!) sem motivação para practicamente nada... sem acreditar que vou mudar seja o que for...
Diria que desisti de mim. Sem querer! Juro! Mas nada faço além de lamentar. Ainda assim não queria que as outras pessoas desistíssem de mim. As pessoas com quem lido, a minha família, os meus amigos. O meu amor. Não queria. Simplesmente não sei o que fazer. Sinto-me estúpida todos os dias. Eu com 142 de QI! Parece que a vida goza comigo. Uma porcaria duns testes com números e imagens tudo bem... sou muita boa! E então? Porque raio não desbloqueio a minha vida? Ando aqui às voltas e às voltas e não passo da cepa torta e sinto-me cada vez mais longe dos outros.
Um percurso, uma vida que fica para trás. Que pena! Que desperdício! Pois é, eu também acho! Sei isso com toda a agonia da minha existência. Sinto-o a cada minuto. E doi. Muito.
É facil perceber que se pode apresentar uma cara lavada perante os outros. Podemos mudar o nosso universo de contactos e fingirmos ser diferentes. Podemos prometer que agora é que vai ser, que já pagámos pelos nossos pecados e que nada será como dantes. Mas... (eu tenho sempre um mas) e perante nós próprios? Podemos? De um dia para o outro simplesmente dizer: A partir de agora vou fazer e acontecer e não vou repetir determinados erros!? Ou até, com uma carga mais leve, afirmar que não vamos insistir neste ou naquele erro, neste ou naquele caminho? Será que podemos? E se já o fizemos tantas e tantas vezes e não deu em nada?
Analizando os últimos 7 anos que registo neste blog, tudo continua na mesma (ou pior). Muda só aquilo que tenho de fazer. As dificuldades são as mesmas, os mecanismos de sabotagem serão a versão actualizada Sabotagem 2012.5 e ah!... pois estava a esquecer-me! Estou quase com 100 Kg! Dizia uma amiga minha, no contexto de se ter visto ao espelho e começado uma dieta (e imagino que a leve a sério), que não pode ter nojo de si própria! Não pode? Porquê? Implode se isso acontecer? Vaporiza a sua existência pelo planeta como se nunca tivesse existido? O que é que acontece que a impede de se permitir chegar ao ponto de "ter nojo de si própria"? O quê? O quê? E porque é que eu não tenho isso? Porque é que eu não me levo a sério? Não me respeito? Como é que posso começar de novo se não me levo a sério? Quantas vezes já passei pelo "a partir de agora..." com toda a convicção, com toda a determinação e fé que ía mudar e nem um dia mantive a promessa? Como é que se volta a acreditar?
Lembro-me de ter dentro de mim uma fúria que me movia. Lembro-me do "não posso perder esta luta", e não podia mesmo! Lembro-me do "nem pensar que fico para trás nesta corrida"! Lembro-me do "ai não consigo..." quando alguém duvidava de mim e me tornava imbatível. Lembro-me duma revolta que vinha de dentro de mim que em palavras é algo como "ai de mim se não consigo!" e do "se aqueles conseguem eu também tenho de conseguir". Eu já tive essas ganas. Em miúda. E fazia e acontecia. Porque tinha esse fogo em mim. Agora não tenho nada além de pena e vergonha de mim mesma. Pena de mim mesma.... e tenho pena de mim por ter pena de mim porque ter pena de alguém é um sentimento ignóbil. Miserável. Pelo menos é o que dizem. E eu acredito. Com 37 quase quase 38 anos e 96 Kg, cheia de dores de costas e sem mobilidade nenhuma, perra como nunca imaginei que fosse possível (o meu avô vai fazer 88 e é mais ágil do que eu!) sem motivação para practicamente nada... sem acreditar que vou mudar seja o que for...
Diria que desisti de mim. Sem querer! Juro! Mas nada faço além de lamentar. Ainda assim não queria que as outras pessoas desistíssem de mim. As pessoas com quem lido, a minha família, os meus amigos. O meu amor. Não queria. Simplesmente não sei o que fazer. Sinto-me estúpida todos os dias. Eu com 142 de QI! Parece que a vida goza comigo. Uma porcaria duns testes com números e imagens tudo bem... sou muita boa! E então? Porque raio não desbloqueio a minha vida? Ando aqui às voltas e às voltas e não passo da cepa torta e sinto-me cada vez mais longe dos outros.
Um percurso, uma vida que fica para trás. Que pena! Que desperdício! Pois é, eu também acho! Sei isso com toda a agonia da minha existência. Sinto-o a cada minuto. E doi. Muito.
sábado, abril 28, 2012
Carta ao meu primo
O meu coração...
...disse-me para falar contigo. Como sou melhor a escrever do que a falar (a maior parte das vezes...), cá vai.
Fiquei a pensar no que me disseste que estavas chateado com a tua mãe... que não se estavam a falar... Triste, preocupada... Hoje que são os meus anos, não consegui aguentar mais esta inquietação... talvez porque foi nos teus que falamos e porque nos teus anos estavas zangado com a tua mãe. Tenho de te dizer... e fazes com as minhas palavras o que bem entenderes... não te vou cobrar rigorosamente nada, nem quero saber nada acerca dos próximos episódios da mesma maneira que não sei o que aconteceu ou a razão do vosso conflito :o) mas na realidade tenho de te dizer que te lembres que mãe é mãe. Só temos uma. E não estão a caminhar para novas, as nossas mães. Todos os stresses, discussões, conflitos de opiniões e tudo mais são normais mas ficar sem falar... parece que estás a querer castigá-la. É normal que de vez em quando se tenha essa vontade. Mas não te esqueças que burro velho não aprende linguas... não vais conseguir educar a tua mãe, não vais conseguir mudá-la. Ela é o que é, pensa como pensa, tem valores e opiniões diferentes dos teus, dá prioridade a coisas diferentes das tuas... E não vai mudar. Esquece. Se conseguires aceitá-la com as suas características vais ser muito mais feliz e ficar em paz contigo mesmo e com ela. Tenho dito. Adoro-te! Bjs
Maio de 2011
sábado, março 19, 2011
Pai
Sempre considerei o meu avô como meu pai. Sempre foi o meu exemplo, o meu educador, a figura paterna que me acompanhou todos os dias, com paciência, com carinho, com rectidão. Sempre desdenhei do meu verdadeiro pai. Lamento isso agora. Eu tive um pai. Eu fui amada e sempre soube isso. E isso muda tudo, não muda? Sim, o meu pai tinha muitos defeitos, era um fraco e não conseguiu libertar-se da bebida e ser um pai mais presente, um pai mais pai, mas eu e o meu irmão sempre sentimos o seu amor, sempre percebemos a felicidade dele quando nos via e agora... nem sei bem quantos anos depois da morte dele, finalmente sinto-me agradecida. Eu tive um pai e ele amou-me! Feliz dia do Pai
quarta-feira, março 17, 2010
Old habits die hard
Começou em alguns restaurantes... aqueles com melhor aspecto, e de um momento para o outro dei por mim toda satisfeita, aliviada e sentada (Sentada! Isso mesmo, sentada, eu, que nunca sequer de raspão deixava o "sim senhor" tocar em sanita alheia) em todo o que é casa-de-banho pública, do café da esquina à área-de-serviço! Perdem-se os extremismos característicos da adolescência e força nas pernas mas ganha-se em conformismo e em quilos e temos os ingredientes todos reunidos. Mas não estaria eu a escrever acerca dos meus hábitos mictórios ou de defecção se não tivesse dado por mim a fazer chi-chi em pé numa casa-de-banho perfeitamente limpa, numa casa de família, apenas porque ali costumava passar férias com os meus histerismos de miúda!
sexta-feira, junho 06, 2008
Uma mensagem para alguém muito especial
Para a J e a V e também para o G que já tinha saído há mais tempo... tenho saudades vossas!
Se querem novidades a minha vida parece uma telenovela... acontecem montes de coisas emocionantes todos os dias mas bem se pode perder uns belos meses de episódios que quando se liga a tv está tudo na mesma! :o) Estou a viver com o M (tu não sabes quem é, G, não é do teu tempo) neste momento sem a filha adolescente e claro, problemática, dele. Damos imensas turras mas acabamos sempre por nos entender e eu até desconfio que são as nossas discussões que nos fazem tão unidos... costumo dizer na brincadeira que a nossa relação é uma verdadeira montanha russa... ah e como eu gosto e de emoções fortes! Ainda não estou a trabalhar e continuo a sentir-me mal por isso. Continuo a fingir que faço alguma coisa lá com o meu avô na Quinta, de quando em vez finjo um bocadinho de jardinagem para o meu irmão. Continuo a não conseguir fazer uma coisa do princípio ao fim... há sempre tantas coisas pelo caminho, tantas coisas mais importantes, sempre mais importantes, mais urgentes... portanto tenho sempre toneladas de coisas por fazer: toneladas de coisas fora do prazo para me alimentar a culpa, toneladas de coisas a passar do prazo para me deixar em pânico e toneladas de outras coisas que até não são tão importantes mas que também têm de ser feitas e que entram facilmente na competição pelo lugar de topo da minha atenção, esse lugar tão instável e traiçoeiro!
Bom... isto passa-se naquele dia da semana em que não discuti com o M, não houve nenhum escândalo para resolver entre a filha dele e a mãe, ou a filha dele e o namorado ou a filha dele e a polícia ou os tios e as tias ou a minha mãe também não ameaçou suicidar-se porque o meu irmão (sensatamente) a impediu temporáriamente de conviver com os netos durante um episódio de mania. Ah... e eu agora discuto com a minha mãe... isso é uma grande novidade! Bom... parece-me um resumo relativamente claro. Claro que continuo em psiquiatras e psicologos e terapias e antidepressivos e novas esperanças e novos alentos. Fazer o quê? Tenho de tentar. Já passei pelo prozac mas não cheguei a um mês (dáva-me sono), venlafaxina tinha o mesmo problema do cipralex e agora tou a tomar implementor e parece que me estou a dar bem. Estou outra vez com as pulsações muito baixas (hoje medi de manhã na médica e tinha 49 pulsações por minuto... édica até foi medir outra vez e deu... 47!) mas desta vez não estou a meio duma dieta a pesar 56, infelizmente voltei para os 86. Pois é! Desde que o M veio viver comigo ainda não consegui organizar a minha alimentação e isso aliado ao stress em as coisas estão cá em casa...
Por hoje é tudo.
Tenho pena de não ter dito nada mais cedo como tinha prometido. Nem sei se ainda vão ver.
Um beijinho muito grande para todos
Se querem novidades a minha vida parece uma telenovela... acontecem montes de coisas emocionantes todos os dias mas bem se pode perder uns belos meses de episódios que quando se liga a tv está tudo na mesma! :o) Estou a viver com o M (tu não sabes quem é, G, não é do teu tempo) neste momento sem a filha adolescente e claro, problemática, dele. Damos imensas turras mas acabamos sempre por nos entender e eu até desconfio que são as nossas discussões que nos fazem tão unidos... costumo dizer na brincadeira que a nossa relação é uma verdadeira montanha russa... ah e como eu gosto e de emoções fortes! Ainda não estou a trabalhar e continuo a sentir-me mal por isso. Continuo a fingir que faço alguma coisa lá com o meu avô na Quinta, de quando em vez finjo um bocadinho de jardinagem para o meu irmão. Continuo a não conseguir fazer uma coisa do princípio ao fim... há sempre tantas coisas pelo caminho, tantas coisas mais importantes, sempre mais importantes, mais urgentes... portanto tenho sempre toneladas de coisas por fazer: toneladas de coisas fora do prazo para me alimentar a culpa, toneladas de coisas a passar do prazo para me deixar em pânico e toneladas de outras coisas que até não são tão importantes mas que também têm de ser feitas e que entram facilmente na competição pelo lugar de topo da minha atenção, esse lugar tão instável e traiçoeiro!
Bom... isto passa-se naquele dia da semana em que não discuti com o M, não houve nenhum escândalo para resolver entre a filha dele e a mãe, ou a filha dele e o namorado ou a filha dele e a polícia ou os tios e as tias ou a minha mãe também não ameaçou suicidar-se porque o meu irmão (sensatamente) a impediu temporáriamente de conviver com os netos durante um episódio de mania. Ah... e eu agora discuto com a minha mãe... isso é uma grande novidade! Bom... parece-me um resumo relativamente claro. Claro que continuo em psiquiatras e psicologos e terapias e antidepressivos e novas esperanças e novos alentos. Fazer o quê? Tenho de tentar. Já passei pelo prozac mas não cheguei a um mês (dáva-me sono), venlafaxina tinha o mesmo problema do cipralex e agora tou a tomar implementor e parece que me estou a dar bem. Estou outra vez com as pulsações muito baixas (hoje medi de manhã na médica e tinha 49 pulsações por minuto... édica até foi medir outra vez e deu... 47!) mas desta vez não estou a meio duma dieta a pesar 56, infelizmente voltei para os 86. Pois é! Desde que o M veio viver comigo ainda não consegui organizar a minha alimentação e isso aliado ao stress em as coisas estão cá em casa...
Por hoje é tudo.
Tenho pena de não ter dito nada mais cedo como tinha prometido. Nem sei se ainda vão ver.
Um beijinho muito grande para todos
quarta-feira, maio 09, 2007
Cipralex parte 3
Voltei a tomar Cipralex. Porquê? Não estou a conseguir fazer nada da vida. Não consigo concentrar-me, raciocinar, decidir...
Bem... consegui dar corda aos sapatos do gajo que fazia de mim gato-sapato e decidir voltar ao antidepressivo.
Efeitos positivos imediatos: Ainda não se manifestaram.
Efeitos positivos de acção retardada: Fico mais positiva, mais decidida, com mais vontade de fazer coisas e com o raciocínio mais claro e mais rápido.
Efeitos negativos imediatos: Bocejo de seguida... (Fogo... passo o dia todo a bocejar. Já não me lembrava desta!)
Efeitos negativos de acção retardada: Perco o meu apetite sexual... (se calhar até é melhor assim... talvez seja mais fácil manter-me longe do gajo)
Evolução ou regressão? O tempo o dirá... Mas como dizem que à terceira é de vez...
Bem... consegui dar corda aos sapatos do gajo que fazia de mim gato-sapato e decidir voltar ao antidepressivo.
Efeitos positivos imediatos: Ainda não se manifestaram.
Efeitos positivos de acção retardada: Fico mais positiva, mais decidida, com mais vontade de fazer coisas e com o raciocínio mais claro e mais rápido.
Efeitos negativos imediatos: Bocejo de seguida... (Fogo... passo o dia todo a bocejar. Já não me lembrava desta!)
Efeitos negativos de acção retardada: Perco o meu apetite sexual... (se calhar até é melhor assim... talvez seja mais fácil manter-me longe do gajo)
Evolução ou regressão? O tempo o dirá... Mas como dizem que à terceira é de vez...
Não te disse...
Não te disse... Não consegui dizer.
Ligaste-me para quê? Perguntas como estou e passas pela minha resposta indiferente. Talvez mostrasses alguma preocupação se te dissesse, sei lá, que tinha partido um dente, um acontecimento grave que certamente iria mudar a minha vida para sempre... Mas não, não parti um dente, estou apenas triste e as minhas razões não te interessam porque para ti estou sempre triste, não há novidade aí, por isso para quê perguntar...
Não consegui dizer-te que estou decepcionada contigo e que tu és uma das razões que me deixa triste. Porquê?
Para quê dizer-te?
Não te disse... Não consegui dizer-te. Não consegui acreditar que te interessasse saber... Interessa?
Ligaste-me para quê? Perguntas como estou e passas pela minha resposta indiferente. Talvez mostrasses alguma preocupação se te dissesse, sei lá, que tinha partido um dente, um acontecimento grave que certamente iria mudar a minha vida para sempre... Mas não, não parti um dente, estou apenas triste e as minhas razões não te interessam porque para ti estou sempre triste, não há novidade aí, por isso para quê perguntar...
Não consegui dizer-te que estou decepcionada contigo e que tu és uma das razões que me deixa triste. Porquê?
Para quê dizer-te?
Não te disse... Não consegui dizer-te. Não consegui acreditar que te interessasse saber... Interessa?
sexta-feira, maio 04, 2007
Lose-lose situation
Agora que já percebi que, seja como for, fico sempre a perder, resta-me saber como é que vou perder menos...
sábado, abril 28, 2007
Ela disse-me!
Ela disse-me. Eu juro que ela me disse. Abriu muito aqueles olhos puros e enquanto eu a aconchegava no berço disse-me para não desperdiçar mais a minha vida.
sexta-feira, abril 27, 2007
quarta-feira, abril 25, 2007
Peso
Morte. Até aqui a morte passava-se num curto momento. Agora está-se vivo, agora já não. Um momento claro, um momento declarado. Foi assim com o meu pai. O merceeiro chegou e disse: "O seu pai morreu." Pronto. E num momento eu vivi a morte do meu pai. Instantânea.
Hoje conheço outra morte. Arrastada. O corpo a definhar de dia para dia e a luz a esbater-se dos olhos de quem nós amamos. A minha avó morreu e uma nova morte nasceu para mim. Uma morte dolorosa e demorada que me ensinou a dar o devido peso ao pesar. Então entra o velho cliche "não há palavras..." e não há, quem sabe, sabe e pronto.
Hoje sou mais rica. Já não quero enriquecer mais.
Hoje conheço outra morte. Arrastada. O corpo a definhar de dia para dia e a luz a esbater-se dos olhos de quem nós amamos. A minha avó morreu e uma nova morte nasceu para mim. Uma morte dolorosa e demorada que me ensinou a dar o devido peso ao pesar. Então entra o velho cliche "não há palavras..." e não há, quem sabe, sabe e pronto.
Hoje sou mais rica. Já não quero enriquecer mais.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Estratégia
Qual é a tua estratégia para o sucesso? O que é que te move? Como é que enfrentas as adversidades e em que é que pensas para as ultrapassar? Tens uma estratégia ou nem pensas nisso e simplesmente fazes?
A minha cabeça tem um vírus que faz uma reformatação sempre que uma estratégia se mostra eficiente e não me permite atingir o sucesso mais do que uma ou duas vezes.
A minha cabeça tem um vírus que faz uma reformatação sempre que uma estratégia se mostra eficiente e não me permite atingir o sucesso mais do que uma ou duas vezes.
todos os dias chego a casa a chorar
todos os dias o trânsito parece que me esmaga o coração
as ondas em Carcavelos
(e se este ano tem havido ondas!)
os surfistas
(hoje os kitesurfistas)
todos os dias a acusar-me do meu suicídio
todos os dias as obras
todos os dias os sinais de controlo de velocidade
a falta de liberdade
a fiscalização sempre e sempre mais apertada
que sufoca e que nos quer tornar de dia para dia mais iguais
todos iguais
todos os dias o vento fresco arranca-me a pele porque me encosta à parede e me manda à cara que já estive viva
todos os dias me culpo pelo que fiz com a minha vida
mas todos os dias continuo a deitá-la fora
todos os dias as ondas me lembram que vivi
que antigamente podia mergulhar nas ondas
e sentir a sua força
sentir o choque térmico e sair da água a ferver
todos os dias me lembro do nadador-salvador que este ano me proibiu de entrar no mar porque estavam ondas (e eu que gosto é do mar revolto e forte)
todos os dias está tudo mais controlado e limitado
não se pode isto e não se pode aquilo e não se pode e não se pode
todos os dias se pode menos
mas todos os dias choro porque todos os dias podia ter feito alguma coisa e não fiz nada e amanhã poderei ainda menos
todos os dias o trânsito parece que me esmaga o coração
as ondas em Carcavelos
(e se este ano tem havido ondas!)
os surfistas
(hoje os kitesurfistas)
todos os dias a acusar-me do meu suicídio
todos os dias as obras
todos os dias os sinais de controlo de velocidade
a falta de liberdade
a fiscalização sempre e sempre mais apertada
que sufoca e que nos quer tornar de dia para dia mais iguais
todos iguais
todos os dias o vento fresco arranca-me a pele porque me encosta à parede e me manda à cara que já estive viva
todos os dias me culpo pelo que fiz com a minha vida
mas todos os dias continuo a deitá-la fora
todos os dias as ondas me lembram que vivi
que antigamente podia mergulhar nas ondas
e sentir a sua força
sentir o choque térmico e sair da água a ferver
todos os dias me lembro do nadador-salvador que este ano me proibiu de entrar no mar porque estavam ondas (e eu que gosto é do mar revolto e forte)
todos os dias está tudo mais controlado e limitado
não se pode isto e não se pode aquilo e não se pode e não se pode
todos os dias se pode menos
mas todos os dias choro porque todos os dias podia ter feito alguma coisa e não fiz nada e amanhã poderei ainda menos
segunda-feira, janeiro 29, 2007
17
Costumava ser o meu nº da sorte, o que é um conceito no mínimo estranho para quem não acredita em nada, mas foi num dia 17 que comecei a namorar com o meu primeiro amor e esse número tomou uma dimensão quase mistica para mim. Depois o meu pai morreu num dia 17, o meu tio preferido também e agora tive 17 no trabalho final. Pois... esta conversa toda era só para dizer isto! Tive 17! Fim!
Magias, milagres e outras fantasias
Queria ficar boa por magia! Continuo à espera de um in-put externo que me dê um empurrãozinho... uma paixão, por exemplo, de certeza que me ia encher de alento e pica pela vida novamente. Mas quem no seu perfeito juízo se vai interessar por uma gaja de 31 anos com uma depressão e peso a mais? Preciso de um milagre!
quinta-feira, janeiro 18, 2007
sábado, janeiro 13, 2007
Orbito
Estou em órbita. Quando me aproximo da Terra vejo a vida, as pessoas, tudo a acontecer... na Terra. Tenho inveja. Também quero viver. Queria chegar à Terra. Não sei como.
Pensava que depois de acabar o meu trabalho final tudo seria diferente. Queria conseguir depositar uma esperança, por leve que fosse, que com a apresentação e com o oficializar do ter acabado o curso me vou sentir melhor, mas não dá! Não tenho esperança nenhuma. Nenhuma.
Arrasto-me para casa depois de ter ido andar de patins... tinha esperança que o exercício físico me desse um novo alento, mas já nem isso funciona. Choro pelo caminho. Passo a passo. E imagino que alguém me vai ver e salvar. Um carro pára... faz marcha atrás. Viram-me! Mas o carro estava só a fazer inversão de marcha... e eu não existo.
É Sábado e não tenho ninguém com quem jantar ou ver um filme ou sair. Sim... tenho amigos mas nenhum me convidou para nada e aqueles a quem telefonei tinham outros planos. Família? Um doce veneno! Não posso continuar a correr para as saias da mãe... Já vivi anos demais ao colo dela e percebi finalmente que este colo, sempre disponível, é um poço sem fundo, de onde é muito difícil sair. Caí lá pelo Natal e ainda estou a tentar escalar as paredes escorregadias. Não tenho mais forças. Vou agarrar-me por aqui à espera que alguém me ajude a subir mais um bocadinho. Acho que bastava ter alguém lá em cima a olhar por mim... mas olho e não vejo ninguém.
Comecei a registar livros no BookCrossing.com e deixá-los "esquecidos" por aí. Queria sentir-me parte do Mundo. Ainda não houve nenhuma resposta.
E, apesar de estar há 2 semanas a portar-me bem, não consigo emagrecer.
E não há neve!
Pensava que depois de acabar o meu trabalho final tudo seria diferente. Queria conseguir depositar uma esperança, por leve que fosse, que com a apresentação e com o oficializar do ter acabado o curso me vou sentir melhor, mas não dá! Não tenho esperança nenhuma. Nenhuma.
Arrasto-me para casa depois de ter ido andar de patins... tinha esperança que o exercício físico me desse um novo alento, mas já nem isso funciona. Choro pelo caminho. Passo a passo. E imagino que alguém me vai ver e salvar. Um carro pára... faz marcha atrás. Viram-me! Mas o carro estava só a fazer inversão de marcha... e eu não existo.
É Sábado e não tenho ninguém com quem jantar ou ver um filme ou sair. Sim... tenho amigos mas nenhum me convidou para nada e aqueles a quem telefonei tinham outros planos. Família? Um doce veneno! Não posso continuar a correr para as saias da mãe... Já vivi anos demais ao colo dela e percebi finalmente que este colo, sempre disponível, é um poço sem fundo, de onde é muito difícil sair. Caí lá pelo Natal e ainda estou a tentar escalar as paredes escorregadias. Não tenho mais forças. Vou agarrar-me por aqui à espera que alguém me ajude a subir mais um bocadinho. Acho que bastava ter alguém lá em cima a olhar por mim... mas olho e não vejo ninguém.
Comecei a registar livros no BookCrossing.com e deixá-los "esquecidos" por aí. Queria sentir-me parte do Mundo. Ainda não houve nenhuma resposta.
E, apesar de estar há 2 semanas a portar-me bem, não consigo emagrecer.
E não há neve!
quinta-feira, julho 27, 2006
A sardinheira de Hitler
Em casa da minha família existe uma sardinheira da qual cuido regularmente. Nem gosto especialmente de sardinheiras, costumo até achá-las feias, mas aquela sinto-a como minha porque, desde que comecei a mimá-la, tornou-se a mais bela das sardinheiras e presenteia-me com vigor e flores vistosas de um rosa forte. A única coisa que eu lhe faço é arrancar, sem dó nem piedade, as folhas estragadas com aquelas manchas tão características das folhas de sardinheira. Olho e arranco e arranco e olho e procuro e espreito e arranco e arranco. Depois de tirar todas as folhas com manchas, começo a arrancar também folhas velhas e, à medida que vou avançando, os meus critérios de selecção vão-se alterando e tornando cada vez mais exigentes, e sigo para as folhas partidas e deformadas.
Estava eu no outro dia toda entretida e contente a arrancar folhas quando me horrorizei com o meu próprio comportamento. Afinal que direito tenho eu de decidir que folhas vão ficar e que folhas arrancar?... Quem sou eu para ditar o que é melhor para a sardinheira e para as suas folhas? Não consigo evitar comparar-me com Hitler e questionar-me se, caso a humanidade enlouquecesse e os propósitos de Hitler tivessem sido concretizados, também os critérios de selecção de indivíduos dignos de pertencer ao Mundo teriam sofrido afinação em cima de afinação, como a minha limpeza da sardinheira. A verdade é que é tudo relativo. Dentro do Universo do que conhecemos vai sempre existir aquilo que consideramos melhor e pior e todas as nuances intermédias. Por muito que queiramos eliminar os extremos (ou pelo menos o extremo que consideramos pior) nunca vai ficar tudo igual (e ainda bem!) e sempre, mas sempre vai haver melhor e pior...
Não sei se devo continuar a arrancar folhas da sardinheira.
sábado, abril 15, 2006
Desculpa... raiva sou eu que sinto.
Vergonha? Sim tenho vergonha. Devia era ficar quietinha e caladinha e tratar-te muito bem antes que te lembres de perceber que a nossa relação acabou e que me mandes embora da tua vida. Medo! É medo que eu devo ter. Não é lá muito esperto levantar ondas, pois não? Sim... também tenho medo, mas tenho mais raiva e é ela que me move agora. Raiva porque não me desejas. Raiva porque tens vergonha de mim. Porque de tanto desvalorizares as minhas coisas boas, elas mirraram e sumiram sábe-se lá para aonde. Estou vazia de coisas boas agora. Sou só gorda e inútil. A culpa? É minha que já devia saber que andar com alguém que não nos dá valor é devastador.
Vergonha? Sim tenho vergonha. Devia era ficar quietinha e caladinha e tratar-te muito bem antes que te lembres de perceber que a nossa relação acabou e que me mandes embora da tua vida. Medo! É medo que eu devo ter. Não é lá muito esperto levantar ondas, pois não? Sim... também tenho medo, mas tenho mais raiva e é ela que me move agora. Raiva porque não me desejas. Raiva porque tens vergonha de mim. Porque de tanto desvalorizares as minhas coisas boas, elas mirraram e sumiram sábe-se lá para aonde. Estou vazia de coisas boas agora. Sou só gorda e inútil. A culpa? É minha que já devia saber que andar com alguém que não nos dá valor é devastador.
E agora tu!
Cada vez mais vejo no teu olhar... sei lá... não é bem desprezo, é algo que ultrapassa a desilusão... pena? Não sei o que é mas magoa-me cada vez mais. O que é que te leva a continuar comigo? Não são os risos, as conversas animadas, as brincadeiras... tens... temos feito um esforço para acabar com elas. Sei que não é desejo! Não me queres! Usas a tua erecção matinal (ou tiveste um sonho erótico?) para me tentares dar o que pensas que eu quero. O que é que pensas que eu quero? E eu dou-te o que penso que tu queres! O que é que querias?
Às vezes parece-me reconhecer vergonha em ti, vergonha de mim, claro. Vergonha da minha falta de determinação para conseguir o que quero. Vergonha por teres uma namorada cada vez mais gorda... uma gorda não tem lugar no teu mundo perfeito, uma inútil, fraca... o teu mundo dos fortes... o mundo de bem sucessidos.
Mas tenho uma coisinha para te dizer... VAI À MERDA! Não gostas não comas! Mas principalmente não me venhas comer contrariado e com raiva como se desses uma esmola aos arrumadores... Não vou aceitar continuar a andar contigo se tens vergonha de mim. Aceitar que não me dês valor é desvalorizar-me e é isso que eu tenho andado a fazer aos poucos. Agora chega.
Às vezes parece-me reconhecer vergonha em ti, vergonha de mim, claro. Vergonha da minha falta de determinação para conseguir o que quero. Vergonha por teres uma namorada cada vez mais gorda... uma gorda não tem lugar no teu mundo perfeito, uma inútil, fraca... o teu mundo dos fortes... o mundo de bem sucessidos.
Mas tenho uma coisinha para te dizer... VAI À MERDA! Não gostas não comas! Mas principalmente não me venhas comer contrariado e com raiva como se desses uma esmola aos arrumadores... Não vou aceitar continuar a andar contigo se tens vergonha de mim. Aceitar que não me dês valor é desvalorizar-me e é isso que eu tenho andado a fazer aos poucos. Agora chega.
Volta meia volta, volta-me...
Raiva! Uma raiva imensa porque me desejava tanto! Puta! Tinha vergonha de mim, ele... Escondía-me... só me confessava aos melhores amigos, aqueles capazes de lhe aceitar um deslize, uma fraqueza. Puritano? Sei lá... doente, acho. Indignáva-o a maneira descomplicada com que eu encarava a sexualidade. Nuvem negra, chamáva-me. Como se o hipnotizasse a seguir-me para o reino da trevas. Repudiáva-me quando eu demonstrava o meu desejo por ele. Agredía-me com a sua voz, com o seu olhar, com todos os espinhos que o seu corpo conseguia erguer. E picava muito. Não era consciente que me exibia o seu corpo perfeito, era o calor, enrolava as mangas da camisa e eu suava com o calor. Odiáva-me por deseja-lo antes de o amar. Eu? Eu não percebia nada. As suas mensagens contraditórias baralhávam-me e magoávam-me. Acho que agora percebo.
sábado, abril 08, 2006
Quero?
Lembro-me de correr. Correr! Depois lembro-me de nem andar querer. Anos e anos passaram sem que eu quizesse andar e era feliz ou achava que era. Não sei... o que é ser feliz senão a sensação que se o é? Eu julgava-me feliz! Era feliz quando corria. Era feliz quando não queria andar. Agora quero. Preciso! É uma imposição agora minha... Costumava indignar as pessoas por não ter vontade de andar, por estar sempre sentada. Isso incomodáva-me. Gostava que olhassem para mim com admiração. Aos poucos fui adoptando essa meta como minha. Estar sentada agora já não é prazer, é culpa. Tenho de andar. Quero tanto... preciso tanto! Andar, e sem muletas, que ninguém iria admirar-me enquanto me deslocasse deselegante apoiada nas muletas, arrastando a perna que me resta num equilíbrio triste...
Pois é... falta-me uma perna! Cada nova prótese que tento é uma nova esperança. Sei que o caminho vai ser duro mas encaro esse sofrimento com alegria porque no fim vou poder andar novamente como tu. Cada nova prótese tem um período de adaptação. Cada nova prótese tem um período de negação. Um período de incerteza. E por fim a rejeição absoluta. Cada nova prótese rouba-me um pouquinho de vida e cada vez me custa mais entusiasmar-me com uma nova prótese. Resta-me esperar que a perna me cresça de volta!
Glossário:
Andar - trabalhar (acabar o trabalho final e ingressar no mercado de trabalho)
Correr - trabalhar determinada e satisfeita (na altura trabalhar era cumprir as minhas tarefas de miúda da escola, fazer os tpcs, estudar para os testes, ter boas notas, ser bem educada com os professores, etc)
Estar sentada - estar de férias, fins-de-semana, feriados, tempos livres, viajar, brincar...
Muletas - rendimentos que vou recebendo sem fazer patavina, excepto tratar, de vez em quando, dumas tretas duns papeis, assinaturas, contractos, aturar os loucos dos meus tios, e afins e mesmos assim o pincel maior é o meu irmão que resolve
Perna - objectivos e motivação, saber o que quero (eu quando for grande quero ser...)
Próteses - motivações inventadas (já sei o que quero... é fazer massagens, é trabalhar num viveiro de plantas, é dedicar-me à agricultura, é ser arquitecta paisagista, é nem pensar ser arquitecta paisagista, é ser empregada de balcão, é ser instrutora de snowboard, é ter uma empresa de caminhadas, é trabalhar para uma empresa de caminhadas, é... é...)
Pois é... falta-me uma perna! Cada nova prótese que tento é uma nova esperança. Sei que o caminho vai ser duro mas encaro esse sofrimento com alegria porque no fim vou poder andar novamente como tu. Cada nova prótese tem um período de adaptação. Cada nova prótese tem um período de negação. Um período de incerteza. E por fim a rejeição absoluta. Cada nova prótese rouba-me um pouquinho de vida e cada vez me custa mais entusiasmar-me com uma nova prótese. Resta-me esperar que a perna me cresça de volta!
Glossário:
Andar - trabalhar (acabar o trabalho final e ingressar no mercado de trabalho)
Correr - trabalhar determinada e satisfeita (na altura trabalhar era cumprir as minhas tarefas de miúda da escola, fazer os tpcs, estudar para os testes, ter boas notas, ser bem educada com os professores, etc)
Estar sentada - estar de férias, fins-de-semana, feriados, tempos livres, viajar, brincar...
Muletas - rendimentos que vou recebendo sem fazer patavina, excepto tratar, de vez em quando, dumas tretas duns papeis, assinaturas, contractos, aturar os loucos dos meus tios, e afins e mesmos assim o pincel maior é o meu irmão que resolve
Perna - objectivos e motivação, saber o que quero (eu quando for grande quero ser...)
Próteses - motivações inventadas (já sei o que quero... é fazer massagens, é trabalhar num viveiro de plantas, é dedicar-me à agricultura, é ser arquitecta paisagista, é nem pensar ser arquitecta paisagista, é ser empregada de balcão, é ser instrutora de snowboard, é ter uma empresa de caminhadas, é trabalhar para uma empresa de caminhadas, é... é...)
quarta-feira, abril 05, 2006
terça-feira, abril 04, 2006
Ainda os meus sonhos
Quem sou eu?
Um sonho verosímel. Uma vida paralela. Outra dimensão. O mesmo eu?
Delinquente, toxicodependente... envolvida num homicídio acidental que, por não me conseguir ver livre do corpo, me obrigou a fugir. Assustada descia a minha rua a correr. Não poderia voltar. Não tinha para onde ir, não tinha dinheiro. Do portão dos meus vizinho sai um miúdo pequeno. "Tia, tia, dá-me um abraço!". Comovida peguei-o ao colo e abracei-o com força. Num milésimo de segundo vi naquela criança a esperança duma saída... Desatei a correr com ele ao colo. Raptei-o!
Tive de ir pedir esmola para arranjar qualquer coisa para lhe dar de comer. Não lhe queria fazer mal, já bastava tê-lo separado da família...
Numa ruela ao pé da Igreja um sem abrigo guardava altivo o seu reino de tralha. Pedi-lhe leite mas só tinha licor para me oferecer. Pedi-lhe um retalho duma manta para aquecer o miúdo mas não consegui nada.
Ao virar da esquina uma esplanada de café estendia-se ao longo da parede. Aproximei-me da primeira mesa e dirigi-me a uma senhora velhota com um ar bem disposto. "Minha senhora, por favor, preciso de dar comida à minha filha, não me pode ajudar..." (não queria que me relacionassem com o rapto por isso inventei uma filha). A senhora olhou para mim triste. Agarrou-me na mão e lamentou a minha vida mas negou-me o dinheiro para comprar comida. Tentei convencê-la contando que tinha acabado de recusar uma garrafa de licor que me tinham oferecido, queria que percebesse que a aflição de não ter comida para dar à minha filha era mais forte que os meus vícios mas a senhora continuou a recusar ajudar.
Tinha de devolver o miúdo. Não tinha como dar-lhe comida, como agasa-lhá-lo, como acalmar os seus medos no meu mundo negro. Imaginei várias vezes que tocava à campaínha e que a chorar arrependida o soltava dos meus braços desesperados para os braços desesperados da sua mãe.
O sonho acabou. Ficou a dúvida. Os sentimentos eram os meus. Uma vida paralela. Noutra dimensão eu vivo agarrada a outras escolhas. Às escolhas erradas.
Um sonho verosímel. Uma vida paralela. Outra dimensão. O mesmo eu?
Delinquente, toxicodependente... envolvida num homicídio acidental que, por não me conseguir ver livre do corpo, me obrigou a fugir. Assustada descia a minha rua a correr. Não poderia voltar. Não tinha para onde ir, não tinha dinheiro. Do portão dos meus vizinho sai um miúdo pequeno. "Tia, tia, dá-me um abraço!". Comovida peguei-o ao colo e abracei-o com força. Num milésimo de segundo vi naquela criança a esperança duma saída... Desatei a correr com ele ao colo. Raptei-o!
Tive de ir pedir esmola para arranjar qualquer coisa para lhe dar de comer. Não lhe queria fazer mal, já bastava tê-lo separado da família...
Numa ruela ao pé da Igreja um sem abrigo guardava altivo o seu reino de tralha. Pedi-lhe leite mas só tinha licor para me oferecer. Pedi-lhe um retalho duma manta para aquecer o miúdo mas não consegui nada.
Ao virar da esquina uma esplanada de café estendia-se ao longo da parede. Aproximei-me da primeira mesa e dirigi-me a uma senhora velhota com um ar bem disposto. "Minha senhora, por favor, preciso de dar comida à minha filha, não me pode ajudar..." (não queria que me relacionassem com o rapto por isso inventei uma filha). A senhora olhou para mim triste. Agarrou-me na mão e lamentou a minha vida mas negou-me o dinheiro para comprar comida. Tentei convencê-la contando que tinha acabado de recusar uma garrafa de licor que me tinham oferecido, queria que percebesse que a aflição de não ter comida para dar à minha filha era mais forte que os meus vícios mas a senhora continuou a recusar ajudar.
Tinha de devolver o miúdo. Não tinha como dar-lhe comida, como agasa-lhá-lo, como acalmar os seus medos no meu mundo negro. Imaginei várias vezes que tocava à campaínha e que a chorar arrependida o soltava dos meus braços desesperados para os braços desesperados da sua mãe.
O sonho acabou. Ficou a dúvida. Os sentimentos eram os meus. Uma vida paralela. Noutra dimensão eu vivo agarrada a outras escolhas. Às escolhas erradas.
segunda-feira, abril 03, 2006
quarta-feira, março 29, 2006
... e à noite espio os pecados do Homem
Sonhos, sonhos, sonhos! Depois de um buraco negro que durou algumas semanas (já estava a ficar preocupada) voltaram os sonhos em força. Gosto deles bem compridos e intrincados e malucos ou belos, malucos e belos, como o desta noite. Tão compridos que não consigo contá-lo todo mas ficam duas partes que gostei especialmente:
(hesitação devido à vontade de contar tudo...)
... e começámos a descer umas escadas talhadas na rocha calcária. Os meus olhos maravilhados examinavam cada cm quadrado daquele monumento geomorfológico... as paredes verticais, o chão aplanado... a textura do calcário, as formas repetidas do padrão criado por Eras de erosão. Cá em baixo, como liliputianos no fundo de uma piscina seca, eramos esmagados pelo peso da imensidão do Mundo, pela maravilhosa Natureza. Era um local de contemplação, de comunhão e cada um vivia-o livremente à sua maneira, como nos recordava o som continuado das rodas dos skates que exploravam as características da rocha.
Pouco depois estava ao pé de uma falésia. À minha frente outro cenário encantado, magnífico... um daqueles locais onde as palavras mudas nos saiem molhadas pelos olhos. Já estiveram num local assim? Já sentiram a comoção da absoluta beleza? Da imensidão da Vida? Ai se eu pudesse voar... atirar-me daqui e ficar presa no ar. Para sempre. A sentir este vento forte na cara. Vento insurdecedor. E o vento empurra-nos a atenção para os olhos, para a alma, para o Mundo. Somos nós e os nossos pensamentos. Só nós! Cada um de nós é só um e cada um é só uma parte do Mundo, células vivas do corpo do Universo.
Aproximo-me da beira e os meus pés descobrem umas antigas ruínas perdidas no tempo. Equilibrava-me sobre um rendilhado de colunas finas tiradas da rocha. Sinto a magia A obra do Homem face à obra da Natureza. Equilíbrio de forças? Quase! O meu espírito pede-me perdão pelos homens que não souberam merecer o que lhes foi dado e vê naquelas colunas, naquele templo perdido, esperança de um Mundo melhor. Esperança no Homem. Esperança na obra do Homem. O vento está arrasador. Vem vento, láva-me o desgosto, a vergonha de pertencer a esta espécie destruidora, assassina. Agarro-me às colunas com força. Estou no mais belo local do Universo e a obra do Homem faz parte dele. Paz. Perdão. Beleza eterna. E o vento!
(hesitação devido à vontade de contar tudo...)
... e começámos a descer umas escadas talhadas na rocha calcária. Os meus olhos maravilhados examinavam cada cm quadrado daquele monumento geomorfológico... as paredes verticais, o chão aplanado... a textura do calcário, as formas repetidas do padrão criado por Eras de erosão. Cá em baixo, como liliputianos no fundo de uma piscina seca, eramos esmagados pelo peso da imensidão do Mundo, pela maravilhosa Natureza. Era um local de contemplação, de comunhão e cada um vivia-o livremente à sua maneira, como nos recordava o som continuado das rodas dos skates que exploravam as características da rocha.
Pouco depois estava ao pé de uma falésia. À minha frente outro cenário encantado, magnífico... um daqueles locais onde as palavras mudas nos saiem molhadas pelos olhos. Já estiveram num local assim? Já sentiram a comoção da absoluta beleza? Da imensidão da Vida? Ai se eu pudesse voar... atirar-me daqui e ficar presa no ar. Para sempre. A sentir este vento forte na cara. Vento insurdecedor. E o vento empurra-nos a atenção para os olhos, para a alma, para o Mundo. Somos nós e os nossos pensamentos. Só nós! Cada um de nós é só um e cada um é só uma parte do Mundo, células vivas do corpo do Universo.
Aproximo-me da beira e os meus pés descobrem umas antigas ruínas perdidas no tempo. Equilibrava-me sobre um rendilhado de colunas finas tiradas da rocha. Sinto a magia A obra do Homem face à obra da Natureza. Equilíbrio de forças? Quase! O meu espírito pede-me perdão pelos homens que não souberam merecer o que lhes foi dado e vê naquelas colunas, naquele templo perdido, esperança de um Mundo melhor. Esperança no Homem. Esperança na obra do Homem. O vento está arrasador. Vem vento, láva-me o desgosto, a vergonha de pertencer a esta espécie destruidora, assassina. Agarro-me às colunas com força. Estou no mais belo local do Universo e a obra do Homem faz parte dele. Paz. Perdão. Beleza eterna. E o vento!
sexta-feira, março 24, 2006
O padrão do vestido das ovelhinhas
...e o vestido das ovelhinhas tinha um padrão igual ao das minhas cuecas! Viva os sonhos! Adoro sonhar!
(a juntar foto assim que as cuecas voltarem do processo de lavagem)
(a juntar foto assim que as cuecas voltarem do processo de lavagem)
quarta-feira, março 22, 2006
No AR
NAdávaMos no Ar. De bRuçOs, qUe canSa MuIto nADAr de MaNeiRas MAis bOniTas, SeNSuais, viGOROSas. sE nADáSSemoS mEsmO dEPREssa EramOs capAZes dE SUbiR aTé aO CiMo dOs PRéDios. àS VEzEs o aR FiCava mEnoS DEnso e ErA pRecIsO NaDar mAIs DEpresSa e mESmo AssIm DescÍAmos UnS dOis oU TrÊs metROs. DiVeRtíAmo-noS CoM ISso. AInda tEnHo aQUela SeNSaçÃO de sUbIr e DesCEr InESperAdaMenTe Ao sAbOr do AR!
domingo, fevereiro 26, 2006
Sons
Algumas palavras que me agradam só pelo som!
Pistótira
Serigaita
Pipoca
Bomboca
Biscoito
Bolacha
Fisga
Gincana
Banana
Pirolito
Carrapito
Sardanisca
Carapau
Pirilau
Patavina
Carolina
Cotovia
Piolho
Repolho
Carapaça
Sapata
ou Batata Frita!
Pistótira
Serigaita
Pipoca
Bomboca
Biscoito
Bolacha
Fisga
Gincana
Banana
Pirolito
Carrapito
Sardanisca
Carapau
Pirilau
Patavina
Carolina
Cotovia
Piolho
Repolho
Carapaça
Sapata
ou Batata Frita!
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
1007 (nada a ver com nenhum modelo de carro!)
E assim de repente já 1007 pessoas andaram por aqui! Parabéns para mim? Acho que às vezes esqueço a razão pela qual comecei o meu blog... Comecei porque tive a necessidade de publicar uma data de coisas que tinha escrito e a coisa foi andando... hoje escrevo para desabafar, para dizer disparates ou para partilhar com os outros coisas que me tocam. Tenho noção que agora deito as coisas cruas cá para fora. Perdi na qualidade... os marinados, refogados, assados... os temperos e aqueles toques finais para decorar os pratos perderam-se. Temos pena! Sigo as minhas necessidades e se elas mudaram, azar! E foi por necessidade que resolvi explicar-me agora! Na realidade tenho é necessidade de pedir desculpa pelo decréscimo de qualidade da coisa. Sorry mas valores mais altos se levantam.
Obrigado a quem por aqui passou! Estou sempre a tentar convencer-me que não ligo lá muito a isso mas não é nada verdade. Muito obrigado!
Obrigado a quem por aqui passou! Estou sempre a tentar convencer-me que não ligo lá muito a isso mas não é nada verdade. Muito obrigado!
Maria chorona
Tinha o single e ficava sempre a chorar quando o ouvia. Também os desenhos animados do D. Quixote me deixavam inconsolável com o desgraçado do cão que andava perdido, cheio de fome e de sede pelas áridas paisagens do interior de Espanha à procura do estúpido do dono que nem se lembrava que ele existia. De resto em qualquer documentário da vida animal era certo ir às lágrimas. O pior é que já trintona continuo na mesma. O Finding Nemo vi aos soluços do princípio ao fim, o King Kong foi só na segunda parte mas saí do cinema com a cara inchada e vermelhona para gozo dos meus amigos... aquelas comédias românticas então são o pior. Não aguentei A minha Namorada tem Amnésia, As Joias da Família, etc. Pronto... não chorei no Aeonflux, 1 só lagriminha no Munique e escapam os filmes de terror. E ora aqui está um post sem o mínimo interesse!
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Revelação
Desculpe! Sou uma daquelas pessoas que emana pedidos de desculpa pelos poros. Desculpe por estar à sua frente no trânsito, desculpe por ter de me servir um café, desculpe por ter de se chegar para o lado para se cruzar comigo no passeio, desculpe por tudo, desculpe por nada!
Tento minimizar o impacto negativo que causo ao resto do Mundo sendo simpática e sorridente, na esperança que me desculpem por existir. É muito difícil para mim passar à frente de alguém numa porta, na estrada temo que me pélo (pelo, sei lá, pêlo é que não deve ser!) empatar alguém, é dramático exigir os meus direitos (como os 30 ou 40 contos que o namorado da minha prima me cravou há 10 anos e que eu nunca fui capaz de pedir!), etc.
Estou consciente do ridículo da coisa e disfarço... peço o meu café com convicção (mas sorridente, claro!), obrigo-me a passar à frente de algumas amigas de vez em quando... mas a culpa está cá.
Culpa de quê? Pois ainda só há hipoteses. Na última sessão de grupanálise lembrei-me duma coisa que pode ter alguma culpa nesta culpa!
O meu pai morreu tinha eu 13 anos. Cirrose hepática. Era alcoólico! Não, não nos batia, mas era no mínimo uma companhia muito pouco agradável e cá está tema para mais um post porque aqui o tema é outro. O que aqui interessa é que não tinha grande afinidade com o meu pai. Era um sacrifício ter de passar as tardes de domingo com ele. E ele devia saber porque estava sempre a comprar-nos com presentes e brinquedos e motos! Claro que lhe tinha afecto, era o meu pai e amáva-me (dizem... e eu acredito). Mas pronto... morreu! E mesmo depois de morto continuou a comprar-nos! Deixou-nos uma herança. Uma perigosa herança para uma miúda hiperprotegida e mimada. Dinheiro com fartura (para olhos adolescentes!), uma herdade no Alentejo, uma casa no Montijo, um terreno na Arrábida, uma Quinta em Caneças, o apartamento onde morava e uma moradia na Parede, ah... já me esquecia da venda de outra herdade no Alentejo que decorria quando o meu pai morreu e que já tive de ser eu e o meu irmão a ir à escritura... acho que é tudo, mas sinceramente não o posso garantir (pois... e um carro e as nossas motos e o recheio da casa e uma madrasta também!)
E a culpa? A culpa vem do que nunca saiu da minha boca. Não por não ser mentirosa, que tenho a minha dose de mentira saudável para fugir do colégio com o namorado... Mas bolas... sei lá se ele não me lê os pensamentos... já é suficientemente mau o que eu pensava ou penso ou não, só podia ser pior mentir sobre isso, por isso nunca disse porque nunca acreditei que preferia o meu pai à herança.
Continuo depois.
Tento minimizar o impacto negativo que causo ao resto do Mundo sendo simpática e sorridente, na esperança que me desculpem por existir. É muito difícil para mim passar à frente de alguém numa porta, na estrada temo que me pélo (pelo, sei lá, pêlo é que não deve ser!) empatar alguém, é dramático exigir os meus direitos (como os 30 ou 40 contos que o namorado da minha prima me cravou há 10 anos e que eu nunca fui capaz de pedir!), etc.
Estou consciente do ridículo da coisa e disfarço... peço o meu café com convicção (mas sorridente, claro!), obrigo-me a passar à frente de algumas amigas de vez em quando... mas a culpa está cá.
Culpa de quê? Pois ainda só há hipoteses. Na última sessão de grupanálise lembrei-me duma coisa que pode ter alguma culpa nesta culpa!
O meu pai morreu tinha eu 13 anos. Cirrose hepática. Era alcoólico! Não, não nos batia, mas era no mínimo uma companhia muito pouco agradável e cá está tema para mais um post porque aqui o tema é outro. O que aqui interessa é que não tinha grande afinidade com o meu pai. Era um sacrifício ter de passar as tardes de domingo com ele. E ele devia saber porque estava sempre a comprar-nos com presentes e brinquedos e motos! Claro que lhe tinha afecto, era o meu pai e amáva-me (dizem... e eu acredito). Mas pronto... morreu! E mesmo depois de morto continuou a comprar-nos! Deixou-nos uma herança. Uma perigosa herança para uma miúda hiperprotegida e mimada. Dinheiro com fartura (para olhos adolescentes!), uma herdade no Alentejo, uma casa no Montijo, um terreno na Arrábida, uma Quinta em Caneças, o apartamento onde morava e uma moradia na Parede, ah... já me esquecia da venda de outra herdade no Alentejo que decorria quando o meu pai morreu e que já tive de ser eu e o meu irmão a ir à escritura... acho que é tudo, mas sinceramente não o posso garantir (pois... e um carro e as nossas motos e o recheio da casa e uma madrasta também!)
E a culpa? A culpa vem do que nunca saiu da minha boca. Não por não ser mentirosa, que tenho a minha dose de mentira saudável para fugir do colégio com o namorado... Mas bolas... sei lá se ele não me lê os pensamentos... já é suficientemente mau o que eu pensava ou penso ou não, só podia ser pior mentir sobre isso, por isso nunca disse porque nunca acreditei que preferia o meu pai à herança.
Continuo depois.
Assustador
Hoje à conversa saiu-me o seguinte disparate:
-"... pois é, avô, ainda agora tinha entrado Janeiro e já estamos a chegar ao fim do mês!"
10 de Fevereiro... já estamos quase a meio de Fevereiro, bolas!
-"... pois é, avô, ainda agora tinha entrado Janeiro e já estamos a chegar ao fim do mês!"
10 de Fevereiro... já estamos quase a meio de Fevereiro, bolas!
Soluções brilhantes!
Soluções brilhantes! Realmente brilhantes e tão evidentes que fora das situações até eu as vejo...
- Problema 1... quando estou em casa a tentar trabalhar (tentar fazer a porra do trabalho final) estou sempre a escorregar escada abaixo para a cozinha porque fico, mal me sento na cadeira, subitamente"cheia de fome" e nessas alturas uma peçinha (ou é pecinha?) de fruta jamais satisfaz e acabo sempre por comer o que queria e não queria e como por um lado já estou com uns kilinhos a mais e por outro não consigo sentar-me a trabalhar com a desculpa que tenho de ir comer porque a médica disse que devo comer regularmente para não chegar a ter fome...
- Solução brilhante para o problema 1: Arranjar, logo a seguir às refeições, um prato grande, variado e abundante de frutas, tostas integrais, queijo magro, tomate com oregãos, e uma guloseima ou outra também para a ansiedade e ir petiscando! Simples, não é?
- Problema 2... quando estou numa fase má (que se pode dizer que agora é o caso) entro num ciclo de auto-punição que reforça a fase má, arruinando das mais variadas maneiras (imaginação não me falta) os vestígios de auto-estima ainda existentes.
- Solução brilhante para o problema 2: Sair do ciclo vicioso! Dahhhh! Claro! Fazer algo por mim que me faça sentir bem e "puxar" uma fase boa! Ter mais cuidado com a alimentação, por exemplo, fazer mais exercício físico que faz um bem danado ao corpo e à mente e ainda tem a vantagem de me dar uma maior margem de manobra no campo da alimentação, etc, etc, etc... (como fazer a merda da depilação! Fogo! Que alívio! O que é que custava ter resolvido o assunto há 2 semanas?!!!)
Pronto... são só duas, e até pode parecer que estou a gozar mas o mais triste é que não...
Simples e fáceis, é absurdamente estúpido sofrer. Mas o facto é que caio e volto a cair nos mesmos erros e depois choro e a constatação da existência de soluções tão simples e fáceis como estas só me faz sofrer mais. Cega de raciocínio positivo e construtivo. Paralizada para tudo o que não me faça sentir pior. Vamos lá ver onde é que isto vai dar. (Esta semana voltei a tomar o Cipralex... mas acho que isso merece o seu próprio post)
- Problema 1... quando estou em casa a tentar trabalhar (tentar fazer a porra do trabalho final) estou sempre a escorregar escada abaixo para a cozinha porque fico, mal me sento na cadeira, subitamente"cheia de fome" e nessas alturas uma peçinha (ou é pecinha?) de fruta jamais satisfaz e acabo sempre por comer o que queria e não queria e como por um lado já estou com uns kilinhos a mais e por outro não consigo sentar-me a trabalhar com a desculpa que tenho de ir comer porque a médica disse que devo comer regularmente para não chegar a ter fome...
- Solução brilhante para o problema 1: Arranjar, logo a seguir às refeições, um prato grande, variado e abundante de frutas, tostas integrais, queijo magro, tomate com oregãos, e uma guloseima ou outra também para a ansiedade e ir petiscando! Simples, não é?
- Problema 2... quando estou numa fase má (que se pode dizer que agora é o caso) entro num ciclo de auto-punição que reforça a fase má, arruinando das mais variadas maneiras (imaginação não me falta) os vestígios de auto-estima ainda existentes.
- Solução brilhante para o problema 2: Sair do ciclo vicioso! Dahhhh! Claro! Fazer algo por mim que me faça sentir bem e "puxar" uma fase boa! Ter mais cuidado com a alimentação, por exemplo, fazer mais exercício físico que faz um bem danado ao corpo e à mente e ainda tem a vantagem de me dar uma maior margem de manobra no campo da alimentação, etc, etc, etc... (como fazer a merda da depilação! Fogo! Que alívio! O que é que custava ter resolvido o assunto há 2 semanas?!!!)
Pronto... são só duas, e até pode parecer que estou a gozar mas o mais triste é que não...
Simples e fáceis, é absurdamente estúpido sofrer. Mas o facto é que caio e volto a cair nos mesmos erros e depois choro e a constatação da existência de soluções tão simples e fáceis como estas só me faz sofrer mais. Cega de raciocínio positivo e construtivo. Paralizada para tudo o que não me faça sentir pior. Vamos lá ver onde é que isto vai dar. (Esta semana voltei a tomar o Cipralex... mas acho que isso merece o seu próprio post)
sábado, janeiro 21, 2006
Naba!
Não sei o que é que aconteceu mas quando adoptei a Tigreza (é uma tigrinha adorável que podem ver no fim do blog em baixo) a barra do lado direito do meu blog foi parar lá abaixo! E como eu não pesco nada de html... vai ter de ficar assim!
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Walkin' on the Sun
Walkin' on the Sun
Smash Mouth
It ain't no joke I'd like to buy the world a toke
And teach the world to sing in perfect harmony
And teach the world to snuff the fires and the liars
Hey I know it's just a song but it's spice for the recipe
This is a love attack I know it went out but it's back.
It's just like any fad it retracts before impact
And just like fashion it's a passion for the with it and hip
If you got the goods they'll come and buy it just to stay in the clique
[Chorus:]
So don't delay act now supplies are running out
Allow if you're still alive six to eight years to arrive
And if you follow there may be a tomorrow
But if the offer is shun you might as well be walkin' on the sun
Twenty-five years ago they spoke out and they broke out
Of recession and oppression and together they toked
And they folked out with guitars around a bonfire
Just singin' and clappin' man what the hell happened
Then some were spellbound some were hellbound
Some they fell down and some got back up and
Fought back 'gainst the melt down
And their kids were hippie chicks all hypocrites
Because fashion is smashin' the true meaning of it
[Repeat Chorus]
It ain't no joke when a mama's handkerchief is soaked
With her tears because her baby's life has been revoked
The bond is broke up so choke up and focus on the close up
Mr. Wizard can't perform no godlike hocus-pocus
So don't sit back kick back and watch the world get bushwhacked
News at 10:00 your neighborhood is under attack
Put away the crack before the crack puts you away
You need to be there when your baby's old enough to relate
[Repeat Chorus]
Smash Mouth
It ain't no joke I'd like to buy the world a toke
And teach the world to sing in perfect harmony
And teach the world to snuff the fires and the liars
Hey I know it's just a song but it's spice for the recipe
This is a love attack I know it went out but it's back.
It's just like any fad it retracts before impact
And just like fashion it's a passion for the with it and hip
If you got the goods they'll come and buy it just to stay in the clique
[Chorus:]
So don't delay act now supplies are running out
Allow if you're still alive six to eight years to arrive
And if you follow there may be a tomorrow
But if the offer is shun you might as well be walkin' on the sun
Twenty-five years ago they spoke out and they broke out
Of recession and oppression and together they toked
And they folked out with guitars around a bonfire
Just singin' and clappin' man what the hell happened
Then some were spellbound some were hellbound
Some they fell down and some got back up and
Fought back 'gainst the melt down
And their kids were hippie chicks all hypocrites
Because fashion is smashin' the true meaning of it
[Repeat Chorus]
It ain't no joke when a mama's handkerchief is soaked
With her tears because her baby's life has been revoked
The bond is broke up so choke up and focus on the close up
Mr. Wizard can't perform no godlike hocus-pocus
So don't sit back kick back and watch the world get bushwhacked
News at 10:00 your neighborhood is under attack
Put away the crack before the crack puts you away
You need to be there when your baby's old enough to relate
[Repeat Chorus]
domingo, janeiro 08, 2006
"Mixer" estragado
Eu sei... eu sou uma namorada chata... sou muito exigente em atenção, em mimos, em mais atenção e a sensação que dá aos desgraçados que já me têm aturado é que vou exigir sempre mais. Houve uma excepção... talvez por ter sido o único gajo por quem eu me apaixonei antes de começar a andar com ele, o meu "Bloqueador solar". Queria tanto aquele imbecil que aprendi a passar por cima de certas coisas racionalizando: "...isto é razão suficiente para não querer estar mais com ele?" e nunca era! Pensava sempre nos factos isolados e não fazia uma análise da evolução da coisa e ia engolindo todos os sapos gordos e viscosos que ele me servia com aqueles braços de surfista que me deixavam doida. Bem... preciso dizer que o namorado que tinha tido antes tinha sido o que mais me criticou por ser melga, ciumenta, possessiva, o que eu era, de facto, e demais! Claro que não queria voltar a repetir os erros do passado e queria evoluir e ser uma pessoa melhor. Tudo isto me fez cair no extremo oposto e não exigir nada para mim. Até ele se queixou: "... contigo parece que posso fazer tudo... não me dás limites..." e eu não consegui perceber o tom prejurativo com que ele me deu tamanho elogio.
Só posso dizer que o sofrimento por que ele, consciente ou inconscientemente, me fez passar ainda se reflecte em mim agora, passados tantos anos.
Sei que algures no meio entre estas duas posturas é que eu devia estar, mas é tão dificil saber onde. Porque das duas uma... ou uma pessoa acredita que deve dizer ao outro quando não está bem, numa de partilha integral da vida (até porque eu não gostava que o meu namorado tivesse a passar um mau bocado sem que eu soubesse), ou acredita que deve poupar o outro de amuos e birras e só lhe deve mostrar o melhor de si.
Quer uma postura quer a outra são válidas, têm as suas razões, vantagens e desvantagens, mas obviamente é na conjugação das duas que está a atitude certa. Eu tenho é o "mixer" estragado!
Quando se tem o corpo dorido, qualquer festinha magoa e é fácil reagir mal. A questão é se devo ou não mostrar que estou magoada... (amuo ou sorrio? exijo cuidado ou finjo que está tudo bem? sou sincera ou falsa? sou chata ou não?)
Só posso dizer que o sofrimento por que ele, consciente ou inconscientemente, me fez passar ainda se reflecte em mim agora, passados tantos anos.
Sei que algures no meio entre estas duas posturas é que eu devia estar, mas é tão dificil saber onde. Porque das duas uma... ou uma pessoa acredita que deve dizer ao outro quando não está bem, numa de partilha integral da vida (até porque eu não gostava que o meu namorado tivesse a passar um mau bocado sem que eu soubesse), ou acredita que deve poupar o outro de amuos e birras e só lhe deve mostrar o melhor de si.
Quer uma postura quer a outra são válidas, têm as suas razões, vantagens e desvantagens, mas obviamente é na conjugação das duas que está a atitude certa. Eu tenho é o "mixer" estragado!
Quando se tem o corpo dorido, qualquer festinha magoa e é fácil reagir mal. A questão é se devo ou não mostrar que estou magoada... (amuo ou sorrio? exijo cuidado ou finjo que está tudo bem? sou sincera ou falsa? sou chata ou não?)
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Eu sabia que tinha mais despesas mensais que não estava a contar... só a psicóloga leva-me entre 350 a 400€/mês!
domingo, janeiro 01, 2006
Entrou a 100
Desde o coisas boas entraram coisas como:
-"... de que é que me adianta ter sucesso no meu projecto se não estiveres aqui comigo..."
E já depois do Natal:
-"... deves estar com mais 10 kilos desde que te conheci (são 3, tá!)... se continuas assim rifo-te!"
-"... desistes de tudo... não és a mesma pessoa que conheci há uns meses!"
-"... gosto muito de te ter aqui mas esta casa é minha! Tens de arranjar a tua... precisas do teu espaço, das tuas coisas..."
Entraram a cem mas nenhuma saíu a duzentos. A primeira derreteu-me e guardei no coração mas as outras...
A estória da casa, por exemplo, o que é que eu faço com ela, digam-me, porque ela anda aqui às cabeçadas para a frente e para trás como uma pinball maluca que nunca mais encontra a saída!
Sim... claro! Faz todo o sentido meter-me a comprar uma casa se estou contigo a maior parte das noites e nas outras vou a casa ver a família. Vou comprar uma casa para a ter lá... Pois! E como eu agora não tenho mais nada que fazer vou distrair-me a procurar uma casa, a decorá-la, etc...
Claro que gostava imenso de ter uma casa para decorar todinha mas:
- agora estou a trabalhar durante a semana e como (ao contrário do que certas pessoas pensam...) ainda queria acabar o curso e fazer a merda do trabalho final até ao ano que vem não parece lá muito interessante perder-me com mais isso (não preciso de mais um foco dissipador da minha débil concentração);
- estou a trabalhar mas é só por uns meses;
- o meu ordenado não é grande coisa e entre telemóvel, gasóleo para o carro, gasolina para a mota, selos, seguros, portagens, manutenção, alimentação e despesas veterenárias para as minhas fieis amigas, não me parece que sobre lá muita coisa para poder pagar, numa base regular, ainda mais os custos de ter uma casa (que nem faço ideia quais são);
- sim... tenho um medo que me pélo nem sei bem de quê;
- não vou ter tempo de ir gozar tal casa;
- nunca percebi muito bem essa coisa do "meu espaço"...
- não me lembro de mais razões mas devem existir porque o meu sentimento diz!
(já tinha postado sobre ter uma casa minha em Julho)
Mas pronto... há quem precise do seu espaço e eu não vou continuar aqui a estorvar ninguém! Só hoje porque estou um bocado cansada para ir para casa e como é dia 1 deve haver para ai muito acidente e como estou de mota não me apetece muito meter-me à estrada. Ano novo, vida nova! Amanhã volto para casa.
Não me apetece escrever mais hoje... não sei quando volto cá porque em casa ainda não tenho net...
-"... de que é que me adianta ter sucesso no meu projecto se não estiveres aqui comigo..."
E já depois do Natal:
-"... deves estar com mais 10 kilos desde que te conheci (são 3, tá!)... se continuas assim rifo-te!"
-"... desistes de tudo... não és a mesma pessoa que conheci há uns meses!"
-"... gosto muito de te ter aqui mas esta casa é minha! Tens de arranjar a tua... precisas do teu espaço, das tuas coisas..."
Entraram a cem mas nenhuma saíu a duzentos. A primeira derreteu-me e guardei no coração mas as outras...
A estória da casa, por exemplo, o que é que eu faço com ela, digam-me, porque ela anda aqui às cabeçadas para a frente e para trás como uma pinball maluca que nunca mais encontra a saída!
Sim... claro! Faz todo o sentido meter-me a comprar uma casa se estou contigo a maior parte das noites e nas outras vou a casa ver a família. Vou comprar uma casa para a ter lá... Pois! E como eu agora não tenho mais nada que fazer vou distrair-me a procurar uma casa, a decorá-la, etc...
Claro que gostava imenso de ter uma casa para decorar todinha mas:
- agora estou a trabalhar durante a semana e como (ao contrário do que certas pessoas pensam...) ainda queria acabar o curso e fazer a merda do trabalho final até ao ano que vem não parece lá muito interessante perder-me com mais isso (não preciso de mais um foco dissipador da minha débil concentração);
- estou a trabalhar mas é só por uns meses;
- o meu ordenado não é grande coisa e entre telemóvel, gasóleo para o carro, gasolina para a mota, selos, seguros, portagens, manutenção, alimentação e despesas veterenárias para as minhas fieis amigas, não me parece que sobre lá muita coisa para poder pagar, numa base regular, ainda mais os custos de ter uma casa (que nem faço ideia quais são);
- sim... tenho um medo que me pélo nem sei bem de quê;
- não vou ter tempo de ir gozar tal casa;
- nunca percebi muito bem essa coisa do "meu espaço"...
- não me lembro de mais razões mas devem existir porque o meu sentimento diz!
(já tinha postado sobre ter uma casa minha em Julho)
Mas pronto... há quem precise do seu espaço e eu não vou continuar aqui a estorvar ninguém! Só hoje porque estou um bocado cansada para ir para casa e como é dia 1 deve haver para ai muito acidente e como estou de mota não me apetece muito meter-me à estrada. Ano novo, vida nova! Amanhã volto para casa.
Não me apetece escrever mais hoje... não sei quando volto cá porque em casa ainda não tenho net...
domingo, dezembro 18, 2005
Coisas boas
Chegámos a um ponto em que eu só te dou coisas más e exijo coisas boas... dou-te lágrimas, amuos e palavras que te sufocam e queria que tu me desejasses em troca. Que estúpida! O pior é que não tenho coisas boas para ti agora. Não tenho como inverter as coisas. Como disseste... não faz sentido andar atrás de ti a exigir que gostes mais de mim, que me olhes desta ou daquela maneira. Pois não faz sentido nenhum. Só que há algumas pessoas que querem prolongar coisas boas. As nossas acabaram.
Cara de fim-de-semana
Procuro nos teus olhos aquele brilho a que me habituaste. Quando estava contigo o Mundo reflectia esse brilho e ficava mais luminoso. A semana avança... as semanas passam... mas há sempre a esperança do novo fim-de-semana. É então que a desilusão vem adormecer-me os músculos do corpo, a frustração franze-me a testa em caretas tristes e feias... vou procurar o que fazer para sair de ao pé de ti, onde cada instante me confronta com a tua distração... enquanto eu espero atracção.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
A serra é minha!
Já lá vão uns poucos anos que pela primeira vez enfrentei o nevoeiro, as silvas, o tojo e o carrasco e com as minhas fieis amigas entrei serra adentro, perdendo-me para me encontrar, levando-me à exaustão para deixar novas energias me invadirem, temendo o desconhecido para me sentir vitoriosa de regresso a casa...
Já lá vão uns poucos anos que Sintra era minha.
Partilhava-a com os meus convidados e tolerava uns tantos malucos com quem me cruzava muito esporadicamente, como aqueles que uma vez desciam o trilho que eu subia e que provavelmente por andarem a fazer o mesmo que eu, tinham o mesmo cuidado que eu na escolha da idumentária o que fazia da dupla uma visão assustadora e traziam um cão com ar feroz (e terrivelmente despenteado!). Como ía a subir e já bastante cansanda estava a olhar para o chão e só reparei que se aproximava alguém quando as cadelas começaram a correr para cumprimentar aquele simpático grupo. Confesso que de repente fiquei um bocado assustada. Até há bem pouco tempo os meus passeios restringiam-se ao paredão (que na altura também ainda era meu... pelo menos à noite, quando ainda não estava iluminado e pouca gente se aventurava por lá mas mesmo o paredão à noite parecia menos assustador do que estar ali no meio do nada onde ninguém me poderia socorrer caso... bom... não vale a pena estar a imaginar cenários de terror, para isso já tenho os meus animados sonhos, aqui na vida real essas coisas não me vão acontecer! Afinal os tipos eram pessoas normais que me disseram boa tarde e seguiram caminho chamando o Pilas, o cão despenteado e farrusco que afinal era um pacholas.
Havia ainda aquele grupo de doidos alucinados que desciam (e ainda descem) a serra de bicicleta a abrir por trilhos por eles criados e desenhados, com rampas, e montes de coisas giras para os afixionados das brincadeiras com binas. Quem já se cruzou com tal grupo sabe que só se ouvem quando já estão relativamente perto e passam num abrir e fechar de olhos, como se tivessemos tido uma alucinação! Esses malucos, apesar do perigo que representam para as minhas cadelas, merecem especial admiração da minha parte.
Depois um ou outro ciclista isolado ou em grupos mais pequenos a circular pelos caminhos mais normais e a velocidades menos vertiginosas. Uns tantos jeeps e motas que por se ouvirem à distância dava para controlar as despassaradas das minhas cadelas que ainda não perceberam o que é que são bermas.
Embora descreva aqui uma grande variedade de aves raras com quem partilhava Sintra, podiam passar semanas e semanas em que não me cruzava com ninguém, se evitasse certos locais, claro! Preciso dizer que na altura eu era muito mais regular nestas andanças e estava lá 2-3xs por semana.
Agora porém não se pode ir a lado nenhum que não estejam lá já 2 ou 3 carros estacionados, bicicletas é aos magotes, famílias inteiras, grupos de pessoas a andar em percurso que já foram marcados sem que me perguntassem nada, invasores... INVASORES! A serra é minha, ouviram? Esses caminhos que vocês percorrem fui eu que os descobri! Muitas pernas esfoladas e arranhadas por desbravar esses caminhos que entretanto os gajos dos Serviços Florestais resolveram abrir. Violaram, rasgaram, devassaram a minha serra... Minha! Voltem para o shopping que fato de treino já não vos falta!
Até filmam aquela coisa da tropa com o José Castelo Branco num dos meus sítios... aquele sítio que por ser tão especial estava reservado a ocasiões solenes... tudo vedado!
Pronto! Já mandei vir! Continuo zangada mas pelos menos já desabafei!
Já lá vão uns poucos anos que Sintra era minha.
Partilhava-a com os meus convidados e tolerava uns tantos malucos com quem me cruzava muito esporadicamente, como aqueles que uma vez desciam o trilho que eu subia e que provavelmente por andarem a fazer o mesmo que eu, tinham o mesmo cuidado que eu na escolha da idumentária o que fazia da dupla uma visão assustadora e traziam um cão com ar feroz (e terrivelmente despenteado!). Como ía a subir e já bastante cansanda estava a olhar para o chão e só reparei que se aproximava alguém quando as cadelas começaram a correr para cumprimentar aquele simpático grupo. Confesso que de repente fiquei um bocado assustada. Até há bem pouco tempo os meus passeios restringiam-se ao paredão (que na altura também ainda era meu... pelo menos à noite, quando ainda não estava iluminado e pouca gente se aventurava por lá mas mesmo o paredão à noite parecia menos assustador do que estar ali no meio do nada onde ninguém me poderia socorrer caso... bom... não vale a pena estar a imaginar cenários de terror, para isso já tenho os meus animados sonhos, aqui na vida real essas coisas não me vão acontecer! Afinal os tipos eram pessoas normais que me disseram boa tarde e seguiram caminho chamando o Pilas, o cão despenteado e farrusco que afinal era um pacholas.
Havia ainda aquele grupo de doidos alucinados que desciam (e ainda descem) a serra de bicicleta a abrir por trilhos por eles criados e desenhados, com rampas, e montes de coisas giras para os afixionados das brincadeiras com binas. Quem já se cruzou com tal grupo sabe que só se ouvem quando já estão relativamente perto e passam num abrir e fechar de olhos, como se tivessemos tido uma alucinação! Esses malucos, apesar do perigo que representam para as minhas cadelas, merecem especial admiração da minha parte.
Depois um ou outro ciclista isolado ou em grupos mais pequenos a circular pelos caminhos mais normais e a velocidades menos vertiginosas. Uns tantos jeeps e motas que por se ouvirem à distância dava para controlar as despassaradas das minhas cadelas que ainda não perceberam o que é que são bermas.
Embora descreva aqui uma grande variedade de aves raras com quem partilhava Sintra, podiam passar semanas e semanas em que não me cruzava com ninguém, se evitasse certos locais, claro! Preciso dizer que na altura eu era muito mais regular nestas andanças e estava lá 2-3xs por semana.
Agora porém não se pode ir a lado nenhum que não estejam lá já 2 ou 3 carros estacionados, bicicletas é aos magotes, famílias inteiras, grupos de pessoas a andar em percurso que já foram marcados sem que me perguntassem nada, invasores... INVASORES! A serra é minha, ouviram? Esses caminhos que vocês percorrem fui eu que os descobri! Muitas pernas esfoladas e arranhadas por desbravar esses caminhos que entretanto os gajos dos Serviços Florestais resolveram abrir. Violaram, rasgaram, devassaram a minha serra... Minha! Voltem para o shopping que fato de treino já não vos falta!
Até filmam aquela coisa da tropa com o José Castelo Branco num dos meus sítios... aquele sítio que por ser tão especial estava reservado a ocasiões solenes... tudo vedado!
Pronto! Já mandei vir! Continuo zangada mas pelos menos já desabafei!
domingo, dezembro 04, 2005
Bolas! Bolas! Bolas!
Nem consigo deixar comentários nos blogs dos meus amigos nem consigo postar aqui, estou a ver! Mas porque é que não tá a dar para deixar as minhas esclarecidas ideias acerca das ideias das outras pessoas? Aquela coisa do word verification... até já sei a porra da palavra de cor... smenita... e agora esta treta até apaga os meus posts? Vou tentar outra vez! (mas desta vez vou fazer um ctrl+c!)
sábado, dezembro 03, 2005
Confissão
Tenho uma confissão a fazer. É uma coisa difícil fazer esta confissão, se é que não são todas...
Lembrei-me duma coisa enquanto navegava entre os meus blogs preferidos. Foi no Café Desconcerto... a Little Arsonist postou sobre o Irreversible (a propósito... não consigo deixar lá comentários!) e eu lembrei-me do que este filme me fez sentir. Viram o Irreversible? Eu não consegui ver até ao fim... não. Fiquei muito mal disposta com tanta violência crua. Fiquei mais ou menos tão mal disposta como quando há ainda mais anos fui ao Palácio das Galveias ver uma exposição sobre os objectos de tortura usados durante a Inquisição. Revoltada da cabeça aos pés com especial destaque para o estômago. Como é que um pessoa, qualquer pessoa, é capaz de submeter outra pessoa a qualquer tipo de tortura? Mesmo face ao torturador, mesmo pensando que a besta mereceria pena igual, eu nunca seria capaz de lha impor... (sou contudo defensora da pena capital para comprovados criminosos).
- "...ah e tal porque o filme é bom... é um bocado pesado e violento mas é um grande filme..." Diz o gajo do videoclub que eu até tinha em grande estima... e a malta leva o filme para casa com um pacote de danocas (tão boas!).
- "E se fosses levar no cú?" Penso eu e logo arrependo-me porque levar no cú é uma coisa muito "desagradável" de se dizer no contexto Irreversible!
Irreversível é ver o filme. Mas, voltando à confissão...
Bolas... isto é mesmo difícil!
É que eu fiquei excitada com aquela merda daquela cena! Agora vejam bem... Eu! Nunca fiz deliberadamente mal a ninguém, faço até por não incomodar sequer a malta (exigências de namorada àparte, claro!), choro com qualquer porcaria comovente que me puserem à frente... sofro se vejo alguém sofrer (mesmo quando são os maus dos filmes, sem contar com mortos-vivos), sofro terrivelmente pelo sofrimento de qualquer animal (moscas e melgas não contam), e desde pequena sempre fui defensora dos fracos e oprimidos (sem nenhuma conotação política, que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!)... como é que eu explico a mim mesma que eu própria posso ter ficado excitada com aquilo que me estava a repugnar tanto? E estava de facto a repugnar-me tanto! Ficou uma confusão na minha já baralhada cabeça! Sou um monstro? Não sendo um mosntro como é que posso ter ficado excitada enquanto alguém sofria daquela maneira (escusam de dizer que aquilo era um filme porque eu envolvo-me mesmo com as cenas e então aquela que estava tão real, e além disso já tanta gente deve ter sido violada assim que não faz diferença ser ou não um filme!)?
Lembrei-me duma coisa enquanto navegava entre os meus blogs preferidos. Foi no Café Desconcerto... a Little Arsonist postou sobre o Irreversible (a propósito... não consigo deixar lá comentários!) e eu lembrei-me do que este filme me fez sentir. Viram o Irreversible? Eu não consegui ver até ao fim... não. Fiquei muito mal disposta com tanta violência crua. Fiquei mais ou menos tão mal disposta como quando há ainda mais anos fui ao Palácio das Galveias ver uma exposição sobre os objectos de tortura usados durante a Inquisição. Revoltada da cabeça aos pés com especial destaque para o estômago. Como é que um pessoa, qualquer pessoa, é capaz de submeter outra pessoa a qualquer tipo de tortura? Mesmo face ao torturador, mesmo pensando que a besta mereceria pena igual, eu nunca seria capaz de lha impor... (sou contudo defensora da pena capital para comprovados criminosos).
- "...ah e tal porque o filme é bom... é um bocado pesado e violento mas é um grande filme..." Diz o gajo do videoclub que eu até tinha em grande estima... e a malta leva o filme para casa com um pacote de danocas (tão boas!).
- "E se fosses levar no cú?" Penso eu e logo arrependo-me porque levar no cú é uma coisa muito "desagradável" de se dizer no contexto Irreversible!
Irreversível é ver o filme. Mas, voltando à confissão...
Bolas... isto é mesmo difícil!
É que eu fiquei excitada com aquela merda daquela cena! Agora vejam bem... Eu! Nunca fiz deliberadamente mal a ninguém, faço até por não incomodar sequer a malta (exigências de namorada àparte, claro!), choro com qualquer porcaria comovente que me puserem à frente... sofro se vejo alguém sofrer (mesmo quando são os maus dos filmes, sem contar com mortos-vivos), sofro terrivelmente pelo sofrimento de qualquer animal (moscas e melgas não contam), e desde pequena sempre fui defensora dos fracos e oprimidos (sem nenhuma conotação política, que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!)... como é que eu explico a mim mesma que eu própria posso ter ficado excitada com aquilo que me estava a repugnar tanto? E estava de facto a repugnar-me tanto! Ficou uma confusão na minha já baralhada cabeça! Sou um monstro? Não sendo um mosntro como é que posso ter ficado excitada enquanto alguém sofria daquela maneira (escusam de dizer que aquilo era um filme porque eu envolvo-me mesmo com as cenas e então aquela que estava tão real, e além disso já tanta gente deve ter sido violada assim que não faz diferença ser ou não um filme!)?
domingo, novembro 27, 2005
Podia...
Podia ir tomar um banho de imersão e gozar o meu corpo, a água quente, a espuma... podia voltar a dizer-te que não estou bem mas as minhas palavras não conseguem interferir no entusiasmo que sentes pelo que estás a fazer. Podia dizer que me fazes falta... que te quero... que estou triste porque o fim-de-semana está a acabar sem que eu tivesse tempo de matar saudades, apesar de estares aqui mesmo à minha frente, apesar de te levantares inúmeras vezes só para me vires dar um beijinho, apesar de me dizeres tantas vezes que gostas de me ter aqui em tua casa... podia ir até ti beijar-te, provocar-te e fazer amor contigo, podia fazer qualquer coisa... mas já é tarde! Já não consigo porque não tenho energia para mudar nada. E também já não temos tempo. Cinema. Harry Potter que eu queria tanto ir ver mas que agora vou assim só porque nós vamos e uma parte do nós sou eu. Além disso sinto-me feia, este fim-de-semana não trouxe para tua casa roupas giras (e quentes) e o meu cabelo está nojento e estou gorda e só me apetece comer e comer. E tu provavelmente só vais ler isto lá para meio da semana e era hoje que eu queria a tua atenção!
sábado, novembro 26, 2005
Massagem Ayurvédica
Malta... ando a tirar o curso de massagem ayurvédica (é uma massagem indiana... ayur=vida, veda=ciência, sabedoria, conhecimento) e posso garantir que é um espectáculo! Não fazia ideia do que era, nunca tinha levado nenhuma mas como ando a aprender estas coisas e sabia que a coisa tava na moda... olha... fui, paguei e gostei! Ainda só vou no 1º de 3 mêses mas o pouco que já sei já dá para assegurar... é muito bom! Mete massagens com os pés e tudo! Muito óleo (a treta é o cabelo que fica todo besuntado na nuca...) e é (geralmente) feita no chão. Aconselho vivamente... de preferência daqui a 2 mêses que é quando a melhor massagista do Mundo e de S. Pedro vai começar a trabalhar nisso!
terça-feira, novembro 15, 2005
Late news
PÁREM! Vocês não me vão conseguir fazer mal... isto é só um sonho!
Estava condenada a sobrevoar o noticiário nocturno ao vivo, over and over and over. Esta noite, como as outras, resumía-se a centenas e centenas de mulheres estrupiadas, rasgadas, algumas ainda vivas que se contorciam e gemiam, sangue por todo o lado, vítimas do mais variado tipo de monstros imagináveis (junte-se todos os filmes de terror, misture-se tudo e depois é só tirar imagens e características de todas as criaturas...). Coisas indeterminadas perseguiam-me e eu mandei-as parar. Paráram. Mas nunca se foram embora... e eu... acordei. Fugi para o lado de cá só que o medo veio comigo. Muito medo com se tivesse 5 anos e como se tivesse 5 anos fui pedir asilo na cama da minha mãe.
Estava condenada a sobrevoar o noticiário nocturno ao vivo, over and over and over. Esta noite, como as outras, resumía-se a centenas e centenas de mulheres estrupiadas, rasgadas, algumas ainda vivas que se contorciam e gemiam, sangue por todo o lado, vítimas do mais variado tipo de monstros imagináveis (junte-se todos os filmes de terror, misture-se tudo e depois é só tirar imagens e características de todas as criaturas...). Coisas indeterminadas perseguiam-me e eu mandei-as parar. Paráram. Mas nunca se foram embora... e eu... acordei. Fugi para o lado de cá só que o medo veio comigo. Muito medo com se tivesse 5 anos e como se tivesse 5 anos fui pedir asilo na cama da minha mãe.
sexta-feira, novembro 11, 2005
Perfume
Vem cá… agarra-me com força! Estou a cair. Sinto o amor escapar. Não é o teu… o meu amor… o meu amor pelo Mundo e pela Vida. Aquele amor que me aquece o coração, que me faz ser maior e melhor, perdoar sem olhar para trás, que me faz feliz de dentro para fora, que me faz amar-te a ti. Escorre lentamente por entre os meus dedos como se fosse um fluido viscoso… Este amor que estes últimos dias andava comigo como se fosse um perfume que nunca perde intensidade sem que eu precisasse de o agarrar...
O fantasma
Hoje de manhã fui ao ISA (a merda do Instituto que me comeu 11 anos de vida e que, não fosse eu decidir mudar de vida, se preparava para comer mais uns quantos). Engoli em seco e fiz-me à estrada enfrentando os meus demónios com a ajuda da minha motinha nova.
É estúpido um objecto ajudar-nos a enfrentar os nossos demónios… mas ela tem esse poder! Faz-me sentir independente como se fosse a minha primeira mota. Faz-me sentir corajosa como quando ia fazer queda livre! Faz-me sentir diferente (não é qualquer gaja que anda de 600) e especial (Eheh! Fico com uma granda pinta!). Esta mota dá-me todas as coisas que não sentia há muito tempo (tirando a semaninha anual de snowboard e outras aventuras pontuais e passageiras e claro, às vezes o meu namorado consegue fazer-me esquecer de tudo e eu volto, por instantes, a sentir-me assim).
Lá cheguei, depois de me ter enganado no caminho, como se não soubesse tão bem ir lá dar… (mente traiçoeira que tantas vezes conseguiu levar-me para casa, sempre para casa…) queria entrar pelo portão “lá de cima”, o que fica mais perto da saída de Monsanto da A5, mas agora já nem de mota se pode entrar sem pagar (só os alunos que entram de carro, e agora de mota também, é que têm de pagar… o que é muito lógico e justo… os alunos que já pagam as propinas é que têm de “contribuir para a manutenção deste espaço verde” e está à vista de todos… só quem entra de carro é que usufrui do espaço verde… lógico, perfeitamente lógico!). 1€! Ora toma lá que este estava a fazer muito peso aqui no bolso! Isto obviamente, depois de ter de fazer uma manobra de inversão de marcha, que na 600 já não é tão fácil (pois… mas decididamente vale a pena!), sair portão fora, descer por aquela estrada em tão bom estado que vai ao longo do ISA até cá abaixo, subir pela Calçada da Ajuda (acho) com as sempre tão cobiçadas linhas de eléctrico e subir o passeio de lado (será desta que caio?) para entrar no portão principal, que no outro não se pode entrar sem cartão (era 10€/ano… agora não sei nem quero saber!), parar a mota, tirar a luva, tirar a mochila, procurar o dinheiro, por a mochila, por a luva e esperar que alguém nos deixe entrar na fila. “Eu não quero esse papel para nada!” disse eu quando o Sr. me entregou o lençol “mas tem de o guardar!” olha… ele deve saber como vou gostar de recordar este momento tão agradável quando for arrumar os papéis da mochila mais logo!
Adiante… fui tomar um café porque quando passei na secretaria não estava ninguém a atender. Rapidamente percebo porquê… “Bom dia D. Palmira!” Não gostasse eu tanto da D. Palmira e não lhe fosse tão grata pelo carinho com que sempre me recebeu e até tinha ficado chateada por a encontrar a tomar café. Mas assim, também eu queria um e até foi bom não nos empatarmos uma à outra! “D. Palmira… não… não venho entregar o trabalho final… ainda não é desta… resolvi mudar de vida… vou fazer massagens… vinha cá só pedir um papelinho que dissesse que disciplinas eu já fiz”… “Não! Não tem nada a pagar! Também não tem qualquer valor… é só para se orientar, não é?”…
O que é que me acontece nestas alturas? Respondo que sim e trago para casa um papel que não me serve para nada! Venho com um papel que “não tem qualquer valor” por isso vou ter de lá voltar! “Não D. Palmira… queria um certificado ou qualquer coisa do género que servisse para alguma coisa, tipo… para o meu currículo…” uma frase… o que é que me custava dizer esta frase? Será que queria era punir-me mais um bocadinho… talvez por ter uma mota que não mereço? Ai andas feliz… toma lá! Vai lá ao ISA em vão para te lixares! Vá! E já agora tenta sair pelo portão por onde não te deixaram entrar… sim… repete a cena da inversão de marcha e quando ali passares do lado de fora daqui a uns largos minutos não te esqueças de apertar bem os dentes para controlares o impulso de ir insultar o homem e partir a porra da cancela que por 1 palmo de altura não te deixou sair! Pronto! Assim sim! Assim já me reconheço… estava a faltar-me a raiva, a pena de mim própria, a vergonha e a culpa!
Bem… de qualquer maneira, como não quero excluir a hipótese, embora remota, de acabar a porcaria do curso… vou ter de ir lá inscrever-me (hoje não deu porque não tinha o bolhetim de vacinas) e tenho de pagar as propinas (bolas… com o blusão novo – não podia continuar a andar com um blusão sem protecções… sou maluca mas nem tanto! – os cursos de massagens, as propinas, a mota… devo ter de desmobilizar algum investimento… preciso de cash! Ah! Pois… esta mota gasta mais um bocadinho!).
A caminho de casa desvio para a praceta! Vou candidatar-me ao lugar de empregada de balcão. Vou mudar de vida e que se fodam a culpa, a raiva e tudo o que me sufocou todos estes anos! Hoje vou deixar o amor entrar!
Já em casa voltou tudo ao normal… estou aqui agarrada ao computador e apesar de estar sem net há 3 dias escrevo no Word para publicar assim que puder! Sinto muita vontade de comunicar com vocês! Tem-me feito muita falta expor o que me passa na mona nestes últimos dias.
Tchau!
É estúpido um objecto ajudar-nos a enfrentar os nossos demónios… mas ela tem esse poder! Faz-me sentir independente como se fosse a minha primeira mota. Faz-me sentir corajosa como quando ia fazer queda livre! Faz-me sentir diferente (não é qualquer gaja que anda de 600) e especial (Eheh! Fico com uma granda pinta!). Esta mota dá-me todas as coisas que não sentia há muito tempo (tirando a semaninha anual de snowboard e outras aventuras pontuais e passageiras e claro, às vezes o meu namorado consegue fazer-me esquecer de tudo e eu volto, por instantes, a sentir-me assim).
Lá cheguei, depois de me ter enganado no caminho, como se não soubesse tão bem ir lá dar… (mente traiçoeira que tantas vezes conseguiu levar-me para casa, sempre para casa…) queria entrar pelo portão “lá de cima”, o que fica mais perto da saída de Monsanto da A5, mas agora já nem de mota se pode entrar sem pagar (só os alunos que entram de carro, e agora de mota também, é que têm de pagar… o que é muito lógico e justo… os alunos que já pagam as propinas é que têm de “contribuir para a manutenção deste espaço verde” e está à vista de todos… só quem entra de carro é que usufrui do espaço verde… lógico, perfeitamente lógico!). 1€! Ora toma lá que este estava a fazer muito peso aqui no bolso! Isto obviamente, depois de ter de fazer uma manobra de inversão de marcha, que na 600 já não é tão fácil (pois… mas decididamente vale a pena!), sair portão fora, descer por aquela estrada em tão bom estado que vai ao longo do ISA até cá abaixo, subir pela Calçada da Ajuda (acho) com as sempre tão cobiçadas linhas de eléctrico e subir o passeio de lado (será desta que caio?) para entrar no portão principal, que no outro não se pode entrar sem cartão (era 10€/ano… agora não sei nem quero saber!), parar a mota, tirar a luva, tirar a mochila, procurar o dinheiro, por a mochila, por a luva e esperar que alguém nos deixe entrar na fila. “Eu não quero esse papel para nada!” disse eu quando o Sr. me entregou o lençol “mas tem de o guardar!” olha… ele deve saber como vou gostar de recordar este momento tão agradável quando for arrumar os papéis da mochila mais logo!
Adiante… fui tomar um café porque quando passei na secretaria não estava ninguém a atender. Rapidamente percebo porquê… “Bom dia D. Palmira!” Não gostasse eu tanto da D. Palmira e não lhe fosse tão grata pelo carinho com que sempre me recebeu e até tinha ficado chateada por a encontrar a tomar café. Mas assim, também eu queria um e até foi bom não nos empatarmos uma à outra! “D. Palmira… não… não venho entregar o trabalho final… ainda não é desta… resolvi mudar de vida… vou fazer massagens… vinha cá só pedir um papelinho que dissesse que disciplinas eu já fiz”… “Não! Não tem nada a pagar! Também não tem qualquer valor… é só para se orientar, não é?”…
O que é que me acontece nestas alturas? Respondo que sim e trago para casa um papel que não me serve para nada! Venho com um papel que “não tem qualquer valor” por isso vou ter de lá voltar! “Não D. Palmira… queria um certificado ou qualquer coisa do género que servisse para alguma coisa, tipo… para o meu currículo…” uma frase… o que é que me custava dizer esta frase? Será que queria era punir-me mais um bocadinho… talvez por ter uma mota que não mereço? Ai andas feliz… toma lá! Vai lá ao ISA em vão para te lixares! Vá! E já agora tenta sair pelo portão por onde não te deixaram entrar… sim… repete a cena da inversão de marcha e quando ali passares do lado de fora daqui a uns largos minutos não te esqueças de apertar bem os dentes para controlares o impulso de ir insultar o homem e partir a porra da cancela que por 1 palmo de altura não te deixou sair! Pronto! Assim sim! Assim já me reconheço… estava a faltar-me a raiva, a pena de mim própria, a vergonha e a culpa!
Bem… de qualquer maneira, como não quero excluir a hipótese, embora remota, de acabar a porcaria do curso… vou ter de ir lá inscrever-me (hoje não deu porque não tinha o bolhetim de vacinas) e tenho de pagar as propinas (bolas… com o blusão novo – não podia continuar a andar com um blusão sem protecções… sou maluca mas nem tanto! – os cursos de massagens, as propinas, a mota… devo ter de desmobilizar algum investimento… preciso de cash! Ah! Pois… esta mota gasta mais um bocadinho!).
A caminho de casa desvio para a praceta! Vou candidatar-me ao lugar de empregada de balcão. Vou mudar de vida e que se fodam a culpa, a raiva e tudo o que me sufocou todos estes anos! Hoje vou deixar o amor entrar!
Já em casa voltou tudo ao normal… estou aqui agarrada ao computador e apesar de estar sem net há 3 dias escrevo no Word para publicar assim que puder! Sinto muita vontade de comunicar com vocês! Tem-me feito muita falta expor o que me passa na mona nestes últimos dias.
Tchau!
quinta-feira, novembro 10, 2005
Eu e o outro eu
Parece-me que não te vou poder expulsar. Tenho de te aceitar como és e aprender a viver com esta parte de mim.
Sinto a amor a voltar
Sinto o amor a voltar. Sinto o calor no coração empurrar o frio que faz lá fora e é bom… tão bom! Em breve não vou precisar mais de ti, (in)fiel depositária do meu corpo. Não o soubeste amar e ele nunca foi o culpado das tuas dores… não andasse eu a pairar por ai, impondo a ordem de vez em quando, já teria 300 Kilos e fumaria 3 maços por dia! Continuas a comer o lábio… dizes sempre… “Não faço mais! Não faço mais!” e sei que o dizes com convicção mas já não sabes o que é estar sem mordiscar aquelas peles já soltas que ficam no canto da boca que torces em caretas feias para conseguir apanhar melhor aquele bocadinho que a nossa língua incansável encontrou.
Mas nada disto importa mais… eu vou voltar e o que ficou para trás ficou para trás! Não fiques preocupada… com estas palavras acertámos contas e já te posso perdoar… e sabes… eu amo-te!
Mas nada disto importa mais… eu vou voltar e o que ficou para trás ficou para trás! Não fiques preocupada… com estas palavras acertámos contas e já te posso perdoar… e sabes… eu amo-te!
Estrelinhas
Vem cá! Deixa-me agarrar-me a ti mais um bocadinho… Sabes… das minhas mãos saem estrelinhas que se enrolam em espiral à nossa volta. Não as vês? Não as sentes?
terça-feira, novembro 08, 2005
A minha mãe fez um chá.
A minha mãe fez um chá… juntou diferentes sabores e umas gotinhas de limão. A minha mãe gostou… eu não. Triste ela pensou… o chá é mau… Não é não! Não é não! Disse-lhe eu de coração… Ainda que o resto do Mundo o provasse e mais ninguém aprovasse… a teu gosto o criaste num momento de inspiração. E se alguém se atrever a julgar o seu sabor… ri-te para dentro e delicia-te com esse fruto do teu amor. (Obrigada por tudo!)
sexta-feira, novembro 04, 2005
No more side effects!
Ah pois é... uma destas não volta a acontecer tão cedo... tenho de ter as unhas curtinhas para o curso de massagens!
Não tarda já vou poder começar a trabalhar! Às 5ªs-feiras, durante os próximos 3 meses, tenho curso de massagem ayurvédica e este fim-de-semana curso intensivo de massagem de relaxamento! Atenção pessoal... preparem-se que eu vou chegar! (voltar... vou voltar a viver!)
Não tarda já vou poder começar a trabalhar! Às 5ªs-feiras, durante os próximos 3 meses, tenho curso de massagem ayurvédica e este fim-de-semana curso intensivo de massagem de relaxamento! Atenção pessoal... preparem-se que eu vou chegar! (voltar... vou voltar a viver!)
Side effects!
- Fogo! Grand'arranhão! Desculpa... Quando é que eu te fiz isso?
- Foi algures entre o 10º e o 11º...
(Ai que eu não devia por isto aqui!)
- Foi algures entre o 10º e o 11º...
(Ai que eu não devia por isto aqui!)
segunda-feira, outubro 31, 2005
sábado, outubro 29, 2005
Teoria da ciberconspiração
(Há computadores que nasceram ruins… o ciberdestino determinou que passariam todos pelas minhas mãos!)
Isso são ganhos secundários!
Ganhos secundários?!!! (afinal querem que eu corra a maratona com a porra da perna partida!)
A comunidade
Tínhamos casado contra a vontade da comunidade que aguardava o regresso do ancião. Fomos obrigados a viver separados pois sem a autorização superior seríamos expulsos… seríamos?... Bem… Ele seria expulso da sua comunidade… eu regressaria à vida normal que tinha deixado para trás por amor. Dormia na rua porque não tinha lugar na casa de nenhum deles e esperava. Ninguém me falava, ninguém olhava para mim e não podia sequer falar com ele mas esperava… mas foi quando me tiraram as minhas cadelas que a coisa explodiu. O desespero de procurá-las, perceber que tinham sido levadas sem que ninguém me pudesse dizer nada… perceber que tinha sido aquela cabra! Onde é que estás sua puta?… Ai quando eu te apanhar… venha a merda da comunidade toda que me estou bem nas tintas… nem sei o que é que estou aqui a fazer… Ai estás aí? Espera aí um bocadinho… Vou desfazer-te minha vaca… não tinhas nada que me tirar as cadelas! Elas não fizeram mal a ninguém… (já estou quase agarrá-la… é só contornar esta mesa e…)
- Bom dia…. (o beijinho na cara quase lhe rendeu um murro…)
- Bolas! Agora que estava quase a conseguir limpar-lhe o sebo…
(Fugiu para sempre! Nunca mais vou poder vingar-me dela! Bater-lhe tanto até toda a minha raiva se esvair através do seu sangue… e agora o que eu faço com esta fúria toda?!!!)
- Bom dia…. (o beijinho na cara quase lhe rendeu um murro…)
- Bolas! Agora que estava quase a conseguir limpar-lhe o sebo…
(Fugiu para sempre! Nunca mais vou poder vingar-me dela! Bater-lhe tanto até toda a minha raiva se esvair através do seu sangue… e agora o que eu faço com esta fúria toda?!!!)
quinta-feira, outubro 27, 2005
A queda!
Das minhas primeiras deambulações pela "blogosfera" marcou-me um texto que entretanto nunca mais tinha encontrado... sabia que era dalgum daqueles blogs que eu tinha linkado mas qual? Hoje voltei a encontrá-lo por acaso... é A queda das horas negras da Sónia.
NABA!
Devo ser a maior NABA nesta coisa dos blogs... (de resto no que toca a informática, tecnologia, política, socialite, etc, etc...). Queria partilhar com vocês que me visitam (até agora 381) uma música que ouvi ontem (pois... também sou um bocado desactualizada no que toca a músicas...) e que gostei muito! Chama-se Four to the Flour dos Starsailors! Queria arranjar um link de jeito, que passasse a música e tudo (fixe era que desse para descarregar!) mas isto foi o que se arranjou! Dá para só ouvir um bocadinho da música... espero que gostem!
quarta-feira, outubro 26, 2005
Estranho?...
Estranho?... Estranho é começar a fazer amor com o meu namorado e de repente dar por mim a fazer amor com outra pessoa... alguém com quem sentia uma grande intimidade... mas quem? Primeiro pensei que fosse um ex-namorado, claro! É o mais lógico... Mas não era nenhum deles... quem é que me estava a fazer sentir tão bem? Quem é me estava a deixar tão descontraida, tão à vontade? Ouvi o nome que ecoava mudo na minha cabeça... John... John...
Estranho?... Estranho é fazer amor comigo mesma enquanto eu sou outra pessoa! O John sou eu! Era eu... Fui eu durante vários anos da minha infância e adolescência, o que só por si é estranho. Eu era um rapaz naquele mundo inventado onde eu vivia quando estava sozinha.
Acabei a chorar... não é a primeira vez que o prazer me leva às lágrimas... mas estava acima de tudo muito baralhada. É uma grande confusão para os meus neurónios que andam mais loiros que nunca.
Quando o filme acabou fui à varanda fumar um cigarro... pensava porque seria eu o filme Being John Malkovich, conforme o resultado daquele inquérito que eu fiz há 2 semanas, tirado dum post da ensaimada... a resposta era obvia... o inquérito é da tanga, como todos os inquéritos deste tipo... é muito giro para a malta se divertir um bocadinho mas NÃO é para ser levado a sério.
Só depois de fazer amor é que percebi... coincidência de nomes à parte... o John era a minha marioneta, não era? E além disso essa coisa de entrar na cabeça de outra pessoa, a confusão sexual que isso causa e tudo... sempre tive a minha veia lésbica (virgem!)
Confusão! ... Com fusão! Fusão de sexos, de identidades!
Estranho?... Muito estranho!
Estranho?... Estranho é fazer amor comigo mesma enquanto eu sou outra pessoa! O John sou eu! Era eu... Fui eu durante vários anos da minha infância e adolescência, o que só por si é estranho. Eu era um rapaz naquele mundo inventado onde eu vivia quando estava sozinha.
Acabei a chorar... não é a primeira vez que o prazer me leva às lágrimas... mas estava acima de tudo muito baralhada. É uma grande confusão para os meus neurónios que andam mais loiros que nunca.
Quando o filme acabou fui à varanda fumar um cigarro... pensava porque seria eu o filme Being John Malkovich, conforme o resultado daquele inquérito que eu fiz há 2 semanas, tirado dum post da ensaimada... a resposta era obvia... o inquérito é da tanga, como todos os inquéritos deste tipo... é muito giro para a malta se divertir um bocadinho mas NÃO é para ser levado a sério.
Só depois de fazer amor é que percebi... coincidência de nomes à parte... o John era a minha marioneta, não era? E além disso essa coisa de entrar na cabeça de outra pessoa, a confusão sexual que isso causa e tudo... sempre tive a minha veia lésbica (virgem!)
Confusão! ... Com fusão! Fusão de sexos, de identidades!
Estranho?... Muito estranho!
segunda-feira, outubro 24, 2005
quarta-feira, outubro 19, 2005
Não consigo!
Não consigo! Era só ir tomar banho, pegar na mochila e levar aquelas folhas A4 vazias de interesse às pessoas... A minha fotografia e o atestado de inútil!
O meu currículo para quem me quizer... tenho de ir trabalhar. Não posso continuar aqui a afundar-me e afundar-me e afundar-me. Trabalhar. Como toda a gente. Acordar, arranjar-me, sair de casa e ir trabalhar. Às tantas horas, xis dias por semana. Como toda a gente.
Tão difícil porquê?
segunda-feira, outubro 17, 2005
Não tenho...
Segundo um recente estudo Norte Americano, a fé, actuando como um ansiolítico, aumenta a esperança de vida. Por outro lado a religião incentiva e facilita a integração em comunidades, integração essa essencial ao bem estar completo do Homem.
Ai, como eu precisava dum ansiolítico!
Ai, como eu precisava dum ansiolítico!
Ele e ela (o meu blog não é tão grande mas também é giro!)
Ela: Passa-me ai uma t-shirt, se faz favor...
Ele: Qual é que queres?
Ela: Pode ser uma qualquer!
Ele: Toma.
Ela: Oh... Essa não!
Ele: Qual é que queres?
Ela: Pode ser uma qualquer!
Ele: Toma.
Ela: Oh... Essa não!
sábado, outubro 15, 2005
Estou mesmo maluquinha!
Nestes últimos tempos quase toda a gente que conheço (e tenho conhecido muitas pessoas novas nos últimos meses) dá-me aquela sensação de "a tua cara não me é nada estranha". Consciente de não poder conhecer essas pessoas de lado nenhum, resignei-me a ignorar a sensação (isto depois de andar a partir a cabeça a pensar, informar-me sobre as pessoas e até perguntar-lhes directamente se a sensação não era recíproca... not! Vergonha). Ora, ontem foi o jantar de aniversário do Dorminhoco, habitante do meu Magnífico Novo Mundo, que estava cheiinho de gente que eu conhecia, gente que eu não conhecia e gente dessa categoria que eu acho que conheço mas sei não conhecer! Apresentei-me a todos e passei a vergonha do mês porque (as poucos fui-me apercebendo que) a maior parte daquela malta até me conhecia... Olha... acontece!
Poluição mental<>extreme pureza
Às vezes não consigo pensar...
Não consigo mesmo pensar!
Quando não é o nevoeiro denso de ruído ensurdecedor é o bombardeamento...
os mil pensamentos por milésimo de segundo sem continuação...
e sem fim!
Como frases não acabadas vindas de todo o Mundo ao mesmo tempo...
sussurros desordenados e indecifráveis.
São as portas da minha vida... muitas vezes nem as vejo... ou aparecem à minha frente sem maçaneta e de repente... BUM! Só tenho portas em cada uma das direcções que olho... portas, portas, portas, portas,... todas iguais, à minha frente, à minha volta, em cima e em baixo, por dentro e por fora, tenho portas a sairem-me pelos poros da pele, pelo bafo da respiração, portas a dançar à minha volta. E fico ali em pânico a olhar para tanta porta e não consigo abrir nenhuma! Sento-me e choro e espero. Peço socorro. Mas a resposta vem em forma de mais portas...
Depois passa e volta o nevoeiro... perfiro o nevoeiro... é mais calmo, só que o nevoeiro é um potente acelerador do Tempo. Quando o nevoeiro se instala tudo acontece à minha volta e eu vivo em câmara lenta. O Tempo deixou-me para trás. Bela Adormecida! O príncipe chega e beija-me e eu até me levanto, mas é tarde... a minha vida não me acompanha. A minha alma não sobreviveu ao nevoeiro.
(eheh... quando ando no meio do nevoeiro fico com uma mente tão pura, tão pura, que é um autêntico balde de água destilada!)
Não consigo mesmo pensar!
Quando não é o nevoeiro denso de ruído ensurdecedor é o bombardeamento...
os mil pensamentos por milésimo de segundo sem continuação...
e sem fim!
Como frases não acabadas vindas de todo o Mundo ao mesmo tempo...
sussurros desordenados e indecifráveis.
São as portas da minha vida... muitas vezes nem as vejo... ou aparecem à minha frente sem maçaneta e de repente... BUM! Só tenho portas em cada uma das direcções que olho... portas, portas, portas, portas,... todas iguais, à minha frente, à minha volta, em cima e em baixo, por dentro e por fora, tenho portas a sairem-me pelos poros da pele, pelo bafo da respiração, portas a dançar à minha volta. E fico ali em pânico a olhar para tanta porta e não consigo abrir nenhuma! Sento-me e choro e espero. Peço socorro. Mas a resposta vem em forma de mais portas...
Depois passa e volta o nevoeiro... perfiro o nevoeiro... é mais calmo, só que o nevoeiro é um potente acelerador do Tempo. Quando o nevoeiro se instala tudo acontece à minha volta e eu vivo em câmara lenta. O Tempo deixou-me para trás. Bela Adormecida! O príncipe chega e beija-me e eu até me levanto, mas é tarde... a minha vida não me acompanha. A minha alma não sobreviveu ao nevoeiro.
(eheh... quando ando no meio do nevoeiro fico com uma mente tão pura, tão pura, que é um autêntico balde de água destilada!)
quinta-feira, outubro 13, 2005
Tela em branco
Como uma tela em branco...
um velho piano abandonado...
um pensamento nunca dito...
o meu coração sempre aflito,
escondido no escuro de um canto,
teme ser esquecido, ignorado
e nunca mais amado!
(escrito noutros tempos)
um velho piano abandonado...
um pensamento nunca dito...
o meu coração sempre aflito,
escondido no escuro de um canto,
teme ser esquecido, ignorado
e nunca mais amado!
(escrito noutros tempos)
Pedaços animados de carne podre
Morro mil vezes por dia mas continuo viva sem nunca ressuscitar.
Se a esperança é a última a morrer como é que ainda rondo os vivos?
Acordo, como, bebo, como, durmo. Até namoro, até rio, mas acho que pouco falta para me começarem a cair pedaços de carne podre.
Se a esperança é a última a morrer como é que ainda rondo os vivos?
Acordo, como, bebo, como, durmo. Até namoro, até rio, mas acho que pouco falta para me começarem a cair pedaços de carne podre.
quarta-feira, outubro 12, 2005
Lá no fundo, no fundo...
Your Element is Metal
Your power colors: white, gold, and silver
Your energy: contracting
Your season: fall.
You are persistent (and maybe even a little bit stubborn).If you see something you want, you go for it.You have a lot of strength, and it's difficult to get you down.Very logical, you tend to analyze everything going on in your life.
What Element are you?
Como sou touro até podia ser... teimosa, forte, terra-a-terra... faz sentido só que não me sinto nada forte... vou-me abaixo com o mais pequeno obstáculo e pronto... dourado e prateado não são definitivamente as minhas cores de eleição! Quanto ao Outono... basta ver o meu post de há 2 dias...
Já a energia "contracting"... deve vir do meu estômago!
eh! eh!... repeti o quiz e mudei algumas coisinhas em que tinha hesitado e... deu a mesma coisa! Sou mesmo forte e persistente... fixe!
Fui lá mais uma vez... é aquela parte em que perguntam que sabor me está a apetecer... sweet and sour (hummm), spicy salsa, (hummm) e também perguntam que férias eu perfiro... ora deixa cá ver... snowboard, claro! mas não passava sem a minha semaninha a bezerrar na praia e por outro lado não posso deixar de lado os desportos aquáticos... mas olhem... lá quem engrendou aquela coisa sabia o que estava a fazer... continuo metal!
Curiosa por uma curiosidade!
Your Life is Like |
What John Cusack movie are you?
Engraçado... ainda hoje disse ao meu namorado que gostava de ver este filme... temos de tratar disso! Estou curiosa! (Ainda por cima ele disse-me que o filme era estranho...)
(Não sabia que o Cusack entrava no filme... tenho mesmo de ver!)
O meu avô...
... acrescenta sempre 10 ou 15 minutos às horas... e diz as horas sempre da forma mais dramática, tipo... "são 10... (pausa para o pânico...) menos 25", o que afinal quer dizer que ainda nem sequer são nove e meia!
Doce roubado
Roubei-te Rita... desculpa não resisti. Gosto muito de tudo o que já li no gxxvn mas este post pediu-me muito e eu não consegui recursar...
Doce
Chamavas-lhe doce. E ela ficava a olhar para ti com cara de parva. Tu sorrias e reafirmavas. E ela abria muito os olhos. Já tinha tentado sentir algo de doce no seu corpo mas o objectivo nunca era alcançado! Doce. Dizias. E depois de te divertires com as suas expressões, explicaste finalmente:- Doce é o que tens aí no meio, do lado esquerdo.E ela procurava.- Não podes provar, não tentes. Não é preciso. Ninguém é doce porque quer, é porque as pessoas que lhe descobrem tamanha qualidade o merecem saber. E tu conseguiste mostrar-me tanta doçura...
Doce
Chamavas-lhe doce. E ela ficava a olhar para ti com cara de parva. Tu sorrias e reafirmavas. E ela abria muito os olhos. Já tinha tentado sentir algo de doce no seu corpo mas o objectivo nunca era alcançado! Doce. Dizias. E depois de te divertires com as suas expressões, explicaste finalmente:- Doce é o que tens aí no meio, do lado esquerdo.E ela procurava.- Não podes provar, não tentes. Não é preciso. Ninguém é doce porque quer, é porque as pessoas que lhe descobrem tamanha qualidade o merecem saber. E tu conseguiste mostrar-me tanta doçura...
terça-feira, outubro 11, 2005
Não, não e não!
O meu blog não tem música, mas é de propósito, não tem nada a ver com o facto de eu não saber pôr cá música, tá? Eu não quero música porque quando ando a ler outros blogs, fico sempre muito atrapalhada e sobressaltada quando de repente... estou eu toda concentradinha a tentar entrar na mente dalgum blogo ou bloga e tunga... começa uma música qualquer que me faz saltar da cadeira. Depois, independentemente de gostar ou não da dita música, não consigo ler... Pois... também não consigo andar e comer pastilha elástica ao mesmo tempo... Ah!... e a dificuldade que tenho em acertar na boca a comer gelado...
segunda-feira, outubro 10, 2005
Desespero
Alertou-a o cheiro a queimado... em breve o crepitar da madeira a arder, o fumo intoxicante, o calor desconcertante... começou a correr mas uma parede de labaredas vedou-lhe a passagem. Desesperada continuou a correr às voltas, a tossir com o fumo, confusa, cansada, assustada, sem esperança, estava rodeada, o fim era certo. Não havia estratégia a seguir... não conseguia ver nada à volta, não conseguia raciocinar. Talvez fosse só saltar num determinado sítio e sair dali provavelmente com o cabelo queimado e a pele chamuscada... talvez, mas ela não via nada.
Várias pessoas gritavam do lado de lá, elas conseguiam ver e queriam salva-la mas a confusão, o fumo, o medo não a deixavam entender o que as pessoas diziam. Nem conseguia perceber de onde vinham as vozes...
O resto conto depois, que também ainda não sei.
Várias pessoas gritavam do lado de lá, elas conseguiam ver e queriam salva-la mas a confusão, o fumo, o medo não a deixavam entender o que as pessoas diziam. Nem conseguia perceber de onde vinham as vozes...
O resto conto depois, que também ainda não sei.
...eu gosto é do Verão...
(suspiro)
Agora só para o ano, a não ser que me pire daqui para o Sul, muito Sul.
Adeus aos bikinis, aos pareos e adornos pirosos que pintam o Verão de cor e alegria.
Adeus à pele. Aos corpos bronzeados, aos músculos. Adeus às boazonas que recheam as praias de luxuria e tentação. Adeus às miúdas com as suas conversas de adolescente que ficamos toda a tarde a ouvir e a matar saudades. Adeus ao calor, ao suor, ao sal.
Adeus às bolas e ao gajo que vinha sempre buscá-las e pedir desculpa. E por falar em bolas... não podia faltar o adeus àquelas bolas, com ou sem creme, que gosto das duas maneiras, fritas no dia, cobertas de açucar e de pecado!
Adeus aos mergulhos do Hamburguer.
Adeus às rochas, às algas, aos peixes e polvos e estrelas-do-mar.
Adeus aos dias que nunca acabam.
(...como é que uma gaja pode não andar deprimida?!!!)
domingo, outubro 09, 2005
Tens a certeza?
"...espero que a dor te faça reagir..."
Tens a certeza? Acabar contigo e comigo é a única reacção que consigo ver.
Tens a certeza? Acabar contigo e comigo é a única reacção que consigo ver.
Ilusão
Talvez no leito de morte perceba que foi tudo uma ilusão... A nave nunca chegou, Nossa Srª falhou! Pode ser que nessa altura pareça que não valeu a pena, mas a felicidade esteve lá nos outros dias a sorrir-lhe. Talvez morra num acidente e nem tenha tempo de se aperceber de nada.
Sortuda!
É uma pessoa normal. Elegante, bem falante e apesar dos efeitos insuflados da cortisona e da idade avançada é uma pessoa bonita. Conheço-a desde que nasci. Acredita que um dia Nossa Srª vem buscá-la numa nave espacial. Passou um mau bocado mas ultimamente tem andado radiante. Parece que esse dia está próximo.
Leve-me consigo, por favor!
Leve-me consigo, por favor!
domingo, outubro 02, 2005
Eu também...
A minha avó hoje disse-me: "Sabes... às vezes tenho saudades tuas... saudades de te ver entrar rosada e animada..."
Eu também!
Eu também!
quinta-feira, setembro 29, 2005
Continua?
A agulha caiu da mão. Era pesada demais...
O saco rasgado vertia lentamente tudo o que uma vida contém. Já não há tempo para coser.
Quis abraçar a sua vida uma última vez, talvez apanhar algum pedaço, conseguir salvar alguma coisa e os braços aguardavam ansiosos por uma ordem que não foi dada. Guerreiros frustados! Não entendem que nada adianta salvar migalhas.
O saco rasgado vertia lentamente tudo o que uma vida contém. Já não há tempo para coser.
Quis abraçar a sua vida uma última vez, talvez apanhar algum pedaço, conseguir salvar alguma coisa e os braços aguardavam ansiosos por uma ordem que não foi dada. Guerreiros frustados! Não entendem que nada adianta salvar migalhas.
sexta-feira, setembro 23, 2005
Satélite
Já cá tinha vindo abaixo algumas vezes mas realmente este ar é muito pesado para mim... vou voltar para a minha órbita!
Sem contactos e sem fé!
Eles não percebem como é difícil só decidir telefonar... como é uma luta interna que eu sei ser completamente desadequada. Mas aperta-me o estômago, dá-me dores de cabeça, fico nervosa e com vontade de chorar... um simples telefonema... depois tento falar com uma voz calma, simpática... só para me dizerem... "Não... a Sra Arquitecta... é muito difícil falar com ela! ... se o assunto é esse o melhor é escrever-nos um mail... pois... já mandou um mail em Maio... sim... não responderam... então escreva ao Presidente a expor a situação..." e eu... "sim... obrigada... eu vou então escrever... podia dar-me o contacto, por favor?" e obtive a brilhante resposta "escreva ao Presidente!" Fixe! Até aqui já tive de telefonar para lá à procura do 1º contacto que me tinham dado mas que já não trabalha lá... ainda fui à procura do dito 1º contacto mas a resposta foi "... já não trabalho lá... não posso ajudá-la, mas dou-lhe o contacto de quem me está a substituir". O 2º contacto já foi de fim de semana e o 3º, que eu consegui através do marido duma prima que lá trabalha... "é muito difícil falar com ela..."! Bolas! Porque é que tem de ser tão difícil, ainda mais difícil? Mais uma semana! Eles não sabem mas demorou 3 semanas para eu conseguir fazer isto... entre a falta de coragem e não conseguir que me atendessem e as pessoas não estarem... 3 semanas! E esgotei os contactos! Pior... esgotei a (pouca) força para me mexer e com 2 mêses para entregar o trabalho... não tenho fé!
Basta!
Não é nada romântico o que vou dizer... eu tentei guardar para mim e poupar quem por aqui passasse desta realidade... mas não foi possível. Cá vai: Andar de mota devagar faz doer o rabo! Não me perguntem porquê... acho que é a pasmaceira... uma pessoa fica ali muito quietinha, quase adormece e não muda de posição durante muito tempo. E pronto... ainda não cheguei aos 800Kms de rodagem mas para mim basta! Um valor mais alto se levanta... Acho que o meu rabo é um valor mais alto? Não achas?
quinta-feira, setembro 22, 2005
Meia-hora!
Meia-hora! Deixaste-me para ires tomar banho... Armadilhaste a bomba e fugiste. Como é que podes estar a fazer isto comigo?!!... Não percebes nada? Eu não percebo nada, mas era suposto seres tu a guiar o nosso caminho. Não te vou pressionar, dizias tu. Em meia-hora imaginei agredir-te das mais variadas maneiras... Dizias que não ias ligar aos meus stresses... Sempre te imaginei a olhar lá de cima para nós perdidos no labirinto. Claro que não estavas preocupado enquanto eu tentava inutilmente empurrar as paredes para que me saissem da frente. Já sabes que não podes pegar-me ao colo e levar-me daqui. Mas daí a vires perguntar-me o caminho?!!! Como é que podes assustar-me assim e depois deixar-me sozinha a pensar? Dizias que não podias abandonar-me aos meus pensamentos... dizias. Não sabes que eu não sei? Não sabes como estou armadilhada até aos dentes com tudo o que tenho à mão para me atacar? Não sabes que és uma das minhas armas? Uma das mais poderosas? E vens desafiar-me a usá-la? Meia-hora com o dedo no gatilho! Depois vieste desarmadilhar-me e pronto, ficou tudo como estava. Afinal de contas não faz sentido deixares-te contagiar pelo meu medo... tu que estás a ver tudo lá de cima.
(foto de filipa mateus paredes e tectos em olhares.com)
quarta-feira, setembro 21, 2005
Estou zangada com J. K. Rowling!
Zangada... é pouco: estou Furiosa! Não vou entrar em promenores... para não estragar as coisas a quem ainda quer ler o livro, mas estou tão lixada com a porcaria do último Harry Potter... que raio de fim! Furiosa!
Até amanhã sem razão!
Estes são os meus crimes contra mim... os meus crimes contra ti... contra nós?
Lanço à terra sementes amargas. De dia só como e à noite desafio o sono para que amanhã me sinta ainda pior. Gorda, feia, inútil, cansada, sem forças. Talvez amanhã tenha uma razão para me sentir mal. Amanhã não será só porque sim! Um telefonema, visitar uma amiga ao hospital, mais um telefonema, uma caminhada, mais um telefonema... cada dia mais uma coisa devia ter sido feita. De dia como e à noite desafio o sono... não é insónia... é vingança!
Estes são os meus crimes contra mim... os meus crimes contra ti... contra nós!
Sei o que faço mas não consigo controlar... não tenho forças... sinto-me mal... até amanhã sem razão!
Lanço à terra sementes amargas. De dia só como e à noite desafio o sono para que amanhã me sinta ainda pior. Gorda, feia, inútil, cansada, sem forças. Talvez amanhã tenha uma razão para me sentir mal. Amanhã não será só porque sim! Um telefonema, visitar uma amiga ao hospital, mais um telefonema, uma caminhada, mais um telefonema... cada dia mais uma coisa devia ter sido feita. De dia como e à noite desafio o sono... não é insónia... é vingança!
Estes são os meus crimes contra mim... os meus crimes contra ti... contra nós!
Sei o que faço mas não consigo controlar... não tenho forças... sinto-me mal... até amanhã sem razão!
Ainda bem!
Ainda bem que esta semana não tenho terapia! Posso fazer montes de coisas ao final da tarde! Posso ir passear com as cadelas... andar de patins... combinar 1 café com alguma amiga ou algum amigo que já não vejo há muito tempo... posso continuar a trabalhar sem interrupções se estiver lançada... Tantas coisas! Fixe! Só é pena não me apetecer fazer nada!
segunda-feira, setembro 19, 2005
Hoje!
Hoje não gosto!Não gosto e nem sequer consigo imaginar que alguma vez tenha gostado. A própria ideia indigna-me, e ofende-me que tenhas pensado que eu podia gostar e querer ainda que ontem to tenha pedido!
domingo, setembro 18, 2005
O meu lado esquerdo e o Verão de 2005 (continuação)
Eu sei que isto não interessa minimamente, mas ainda me doi o dedo grandão quando meto mudanças! Ah... tenho de acrescentar à lista uma bolha gigantesca no mesmo dedo grandão que fiz, ainda em Agosto, quando fui para o Algarve sem sapatos, quer dizer, esqueci-me dos ténis e acabei por ir parar à Casa do Castelo (1ª e última vez... só porque aquilo fechou!) de havaianas, com as quais ando lindamente mas para dançar é que é pior! Bolha, pele queimada (mais tipo calcinada mesmo!), dor!
sexta-feira, setembro 16, 2005
Perfeição
Acho que não devia ser preciso dizer... mas a perfeição não existe!
Para atribuir a alguma coisa a classificação de PERFEITA teria de ser nomeada uma Comissão de Avaliação da Perfeição cujos membros seriam (espera-se) peritos na matéria... Depois era necessário elaborar uma lista de Critérios de Atribuição da Perfeição e um Guia de Interpretação dos Critérios para esclarecer uma metodologia de aplicação e garantir, o mais possível uma atribuição justa da classificação de Perfeita. Então as candidaturas das coisas seriam propostas a um Júri imparcial, incorruptível e perfeito... e se até aqui alguém tinha visto alguma possibilidade deste processo poder decorrer... espero que agora não restem dúvidas!
Para atribuir a alguma coisa a classificação de PERFEITA teria de ser nomeada uma Comissão de Avaliação da Perfeição cujos membros seriam (espera-se) peritos na matéria... Depois era necessário elaborar uma lista de Critérios de Atribuição da Perfeição e um Guia de Interpretação dos Critérios para esclarecer uma metodologia de aplicação e garantir, o mais possível uma atribuição justa da classificação de Perfeita. Então as candidaturas das coisas seriam propostas a um Júri imparcial, incorruptível e perfeito... e se até aqui alguém tinha visto alguma possibilidade deste processo poder decorrer... espero que agora não restem dúvidas!
Como é que é possível?!...
Tem sido difícil e um "bocadinho" aldrabada, mas tenho andado a fazer a rodagem à mota...
(teve de rectificar o cilindro e levou um piston novo, entre outras coisas como a embalagem de óleo novinha que o mecânico me convenceu a levar para casa... não sei porquê mas tudo isto aconteceu depois de ter bloqueado a roda de trás na auto-estrada...)
...e apesar de durante algum tempo (pois... não aguentei mais do que 1 ida a Lisboa) não poder passar dos 70 (claro que ía a 80!) ainda assim consegui ultrapassar vários carros (vários não é um coisa bem definida, assim... pelo menos... mais de... 2!) pela DIREITA!
(teve de rectificar o cilindro e levou um piston novo, entre outras coisas como a embalagem de óleo novinha que o mecânico me convenceu a levar para casa... não sei porquê mas tudo isto aconteceu depois de ter bloqueado a roda de trás na auto-estrada...)
...e apesar de durante algum tempo (pois... não aguentei mais do que 1 ida a Lisboa) não poder passar dos 70 (claro que ía a 80!) ainda assim consegui ultrapassar vários carros (vários não é um coisa bem definida, assim... pelo menos... mais de... 2!) pela DIREITA!
terça-feira, setembro 13, 2005
Sábios de nascença?
Várias vezes tenho deixado aqui perguntas abertas mas quase nunca me respondem... pois deixo aqui mais uma direccionada a todas as pessoas que têm um irmão mais velho...
Vocês também sempre a sensação que o "cabrão" do gajo sabe tudo sobre tudo?
Vocês também sempre a sensação que o "cabrão" do gajo sabe tudo sobre tudo?
O meu avô...
...decora os nºs das estradas por onde passa regularmente e fica muito satisfeito quando pode partilhar esse conhecimento com alguém!
sexta-feira, setembro 09, 2005
quinta-feira, setembro 08, 2005
Condutora chorona
Os meus olhos enchem-se de lágrimas e sinto uma infinita felicidade que confundo com tristeza, ou tristeza que confundo com felicidade, sei lá... quase sempre que páro para facilitar uma manobra a alguém ou faço outras "boas acções" banais que faço sempre que posso (é uma questão de estar atenta às necessidades dos outros... e até é bastante frequente, o que faz de mim uma condutora muito chorosa, porque quando não estou comovida comigo mesma estou enervada com algum imbecil que cruzou o meu caminho, tendo como resultado prático a mesma cena das lágrimas a cair cara a baixo). Queria poder tirar uma brilhante elação deste facto mas não faço puto ideia do que é que se passa. Lembro que este assunto até já foi falado lá no grupo (terapia? análise?... sinceramente não sei o que estou lá a fazer... não sei o nome, quero dizer!...) e a conclusão/hipótese de compreensão até fazia sentido mas esqueci-me qual foi. Porquê? Fica para outra vez que eu agora estou atrasada para lá ir perguntar se alguém se lembra da resposta para poder saber porque a esqueci.
Amigas, perdões e outras questões
Podíamos já não ser amigas há tanto tempo... tinha sido tão fácil... tantos motivos de afastamento... um único de união... Cada nova vez que estou com ela reforço a convicção de ter tomado a melhor opção há quase 10 anos quando lhe disse: "...deixa lá... namorados vão e vêem, amigos são para sempre!" E para sempre continuaremos amigas e ainda bem. Adoro-a. Com 7 ou 8 anos ensinou-me o que era perdoar e eu retribuí com 20. Não foi uma troca pensada... toma lá dá cá... foi o meu coração que teve uma boa professora e uma boa lição. Não posso dizer que foi fácil... mas foi uma das melhores coisas que fiz e tenho medo de nunca mais ser capaz de voltar a fazer. O perdão é uma experiência maravilhosa que cada vez tenho mais dificuldade em alcançar. O cérebro dá a ordem... perdoa... mas o coração é rebelde, indomável e guarda bocadinhos de dor embrulhados em papel de orgulho para oportunamente os oferecer. Talvez tenha novamente de magoar alguém para que o seu perdão me sirva de exemplo... de facto não me tenho sentido muito perdoada ultimamente... nem poderia porque eu sou a primeira a não me perdoar por tudo o que me tenho feito. Talvez seja essa a raiz desta dificuldade em perdoar os outros... não consigo vivenciar o perdão porque tenho de começar por mim e ainda não consegui. Talvez...
Este fim-de-semana a tua mãe disse-me...
"...boa ideia pôr o meu filho a andar!" e eu vou obedecer... vamos andar muito!
sexta-feira, setembro 02, 2005
A felicidade e o balão vermelho
Eu sei que não devia andar "a perder tempo" perdida nesta coisa dos blogs... mas já que li uma coisa que gostei queria partilha-la com todos, correndo assim o risco de denunciar as minhas distrações... Está em um pouco mais de ti (tenho link) e é um post de 30.08.05 sobre a felicidade e a nossa percepção dela. Às vezes podemos precisar dum empurrãozinho para podermos gozar o que de bom a vida nos dá e o contacto com as crianças é uma maneira optima de o conseguir! Hoje já não me sinto de rastos, apesar de ter passado a manhã quase toda com o puto. Aliás... gostei imenso de brincar com ele. Bem... claro que os super mimos super especiais que levei ontem também ajudam um cadinho... :b e depois é deixar as coisas boas entrarem, inundarem-nos, alimentarem-nos... deixem-se invadir por coisas boas... como um balão vermelho.
Será? Ou foi só um sonho...
É claramente o caminho para ti! Porém a penosa subida associo mais ao meu curso. No fim a recompensa é enorme. Sinto que simboliza o meu desejo de ser feliz contigo e acabar a "#$%@£" do curso!
Aquela estrada
Não fazia ideia que Lisboa era tão bonita vista daqui de cima! Daqui das montanhas... Lisboa parece uma vila pictoresca encaixada no meio do vale verdejante com ricos campos cultivados bordejados por árvores... O Tejo é o riacho que alimenta os campos. Não se ouve daqui, mas quase lhe sentimos a doce cadência das suas pequenas cascatas. Valeu o esforço! Pedalar até aqui foi muito difícil. A estrada é muito íngreme e longa. Para cá chegar é só preciso adormecer e apanhar aquela estrada que sai da 2ª circular, antes do aeroporto e seguir para Norte, sempre a subir. BOA VIAGEM!
quarta-feira, agosto 31, 2005
Até ao próximo milénio!
De rastos. Foi o meu sobrinho! Foi o raspanete que levei da minha mãe ontem! Foram as 4 horas de sono! Foi o peso do trabalho final sobre os ombros! Foste tu que só agora respondeste aos meus apelos... mas agora é tarde para uma resposta tão fraca. Não vais lá assim... não adianta dizeres que sou irresistível depois de me resistires... nada! Tou de birra até ao próximo milénio! Txau!
Pesadelo
Tive mais um pesadelo. Havia uma parte da cidade deserta, fria, funda. Do meio das ruínas vieram as almas que nos tiravam o ar. Não se viam mas estavam lá. Passavam de um lado para o outro e nós não as podiamos ver com os olhos do corpo mas era como se as víssemos. Sei que não aconteceu nada de mal e que nós continuávamos a voltar àquele lugar mas não me lembro de muito mais. Não tive tempo de ficar a pensar no sonho quando acordei para melhor o poder contar... tenho a sensação que foi muito longo e rico.
Mães coragem
O meu sobrinho de 4 anos está cá a passar uns dias em casa com a minha mãe. Hoje passei hora e meia com ele a brincar enquanto a avó fazia umas coisas... hora e meia. Cheia de sono, nem corri, nem pulei, nem gatinhei. Só a prestar atenção às brincadeiras dele e a responder o mínimo por ele tolerado. Agora que acabou o "recreio" vim para o meu quarto para procurar uns papeis muito importantes para o meu trabalho final mas descobri que estou sem força para enfrentar o caos. Hora e meia. Fiquei de rastos... Como é que as mães fazem? (agradeço respostas!)
O meu lado esquerdo e o Verão de 2005
Vamos lá contar as maselas todas que o meu lado esquerdo sofreu este Verão...
1º Levei um pontapé no pé e estava de havaianas. Fiquei com os 2 últimos dedos a doer tanto que os julgava partidos. Depois ficaram negros durante 3 semanas. Por esta e por outras nada de saltos altos até ao fim do Verão...
2º Desloquei o polegar para trás e tive de o puxar para a frente com a outra mão. Não ficou a doer por ai além mas assustou-me. De vez em quando sinto uma coisinha.
3º Dei um pontapé numa mala de chumbo que estava no meio do caminho mas eu não vi porque estava às escuras e eu ia a correr para a porta descalça. Fiquei com o dedo grandão a doer tanto que o julgava partido e negro durante 2 semanas. Doía-me com a trepidação da mota e não conseguia por as mudanças na mota.
4º Torci o mesmo dedo grandão para trás a jogar raquetes na praia. Juro que pensei que tinha partido o dedo que até então devia estar só rachado.
5º Fui picada por um peixe aranha e fora a dor estúpida que passou relativamente depressa, ainda tenho um nódulo que quando carrego doi e já lá vai bem mais que uma semana.
6º Várias nódoas negras no tornozelo e braço (pronto... se calhar não devia contar... foi dos dois lados!) que consegui com as aulas de Windsurf (que fixe... adorei! I Love Tarifa! Não à auto-estrada!).
7º Consegui arrancar um bocado de tinta do portão que ficou alojado por baixo da minha unha do... mesmo dedo grandão! Felizmente não foi fundo... parti um bocado a unha mas não chegou a espetar na pele (ganda sorte ter perdido o meu corta-unhas!).
8º Ficava bem era agora dizer que tinha levado uma facada no coração... mas é tudo fita!
1º Levei um pontapé no pé e estava de havaianas. Fiquei com os 2 últimos dedos a doer tanto que os julgava partidos. Depois ficaram negros durante 3 semanas. Por esta e por outras nada de saltos altos até ao fim do Verão...
2º Desloquei o polegar para trás e tive de o puxar para a frente com a outra mão. Não ficou a doer por ai além mas assustou-me. De vez em quando sinto uma coisinha.
3º Dei um pontapé numa mala de chumbo que estava no meio do caminho mas eu não vi porque estava às escuras e eu ia a correr para a porta descalça. Fiquei com o dedo grandão a doer tanto que o julgava partido e negro durante 2 semanas. Doía-me com a trepidação da mota e não conseguia por as mudanças na mota.
4º Torci o mesmo dedo grandão para trás a jogar raquetes na praia. Juro que pensei que tinha partido o dedo que até então devia estar só rachado.
5º Fui picada por um peixe aranha e fora a dor estúpida que passou relativamente depressa, ainda tenho um nódulo que quando carrego doi e já lá vai bem mais que uma semana.
6º Várias nódoas negras no tornozelo e braço (pronto... se calhar não devia contar... foi dos dois lados!) que consegui com as aulas de Windsurf (que fixe... adorei! I Love Tarifa! Não à auto-estrada!).
7º Consegui arrancar um bocado de tinta do portão que ficou alojado por baixo da minha unha do... mesmo dedo grandão! Felizmente não foi fundo... parti um bocado a unha mas não chegou a espetar na pele (ganda sorte ter perdido o meu corta-unhas!).
8º Ficava bem era agora dizer que tinha levado uma facada no coração... mas é tudo fita!
Satélite
A minha avó hoje disse que eu era um satélite... ando às voltas, às voltas e nunca mais pouso na Terra.
Feia
De um momento para o outro perdi toda a graça. Fiquei desengonçada a andar... não sei como é que se faz aquele sorriso que te contagia... aquele olhar insinuante. Feia e ridícula por alguma vez ter acreditado que alguém me podia achar linda! O peso da vergonha sobre os olhos. E tu a gozar o prato... tanta corda me deste para me enforcar... agora colhes o proveito de tanto esforço. Agora que te quero...