enquanto eu não volto...

abandono o meu corpo devagar lamentando cada milésimo de segundo... alguém cuidará dele enquanto eu não volto?

quarta-feira, agosto 31, 2005

Até ao próximo milénio!

De rastos. Foi o meu sobrinho! Foi o raspanete que levei da minha mãe ontem! Foram as 4 horas de sono! Foi o peso do trabalho final sobre os ombros! Foste tu que só agora respondeste aos meus apelos... mas agora é tarde para uma resposta tão fraca. Não vais lá assim... não adianta dizeres que sou irresistível depois de me resistires... nada! Tou de birra até ao próximo milénio! Txau!

Pesadelo

Tive mais um pesadelo. Havia uma parte da cidade deserta, fria, funda. Do meio das ruínas vieram as almas que nos tiravam o ar. Não se viam mas estavam lá. Passavam de um lado para o outro e nós não as podiamos ver com os olhos do corpo mas era como se as víssemos. Sei que não aconteceu nada de mal e que nós continuávamos a voltar àquele lugar mas não me lembro de muito mais. Não tive tempo de ficar a pensar no sonho quando acordei para melhor o poder contar... tenho a sensação que foi muito longo e rico.

Mães coragem

O meu sobrinho de 4 anos está cá a passar uns dias em casa com a minha mãe. Hoje passei hora e meia com ele a brincar enquanto a avó fazia umas coisas... hora e meia. Cheia de sono, nem corri, nem pulei, nem gatinhei. Só a prestar atenção às brincadeiras dele e a responder o mínimo por ele tolerado. Agora que acabou o "recreio" vim para o meu quarto para procurar uns papeis muito importantes para o meu trabalho final mas descobri que estou sem força para enfrentar o caos. Hora e meia. Fiquei de rastos... Como é que as mães fazem? (agradeço respostas!)

O meu lado esquerdo e o Verão de 2005

Vamos lá contar as maselas todas que o meu lado esquerdo sofreu este Verão...
1º Levei um pontapé no pé e estava de havaianas. Fiquei com os 2 últimos dedos a doer tanto que os julgava partidos. Depois ficaram negros durante 3 semanas. Por esta e por outras nada de saltos altos até ao fim do Verão...
2º Desloquei o polegar para trás e tive de o puxar para a frente com a outra mão. Não ficou a doer por ai além mas assustou-me. De vez em quando sinto uma coisinha.
3º Dei um pontapé numa mala de chumbo que estava no meio do caminho mas eu não vi porque estava às escuras e eu ia a correr para a porta descalça. Fiquei com o dedo grandão a doer tanto que o julgava partido e negro durante 2 semanas. Doía-me com a trepidação da mota e não conseguia por as mudanças na mota.
4º Torci o mesmo dedo grandão para trás a jogar raquetes na praia. Juro que pensei que tinha partido o dedo que até então devia estar só rachado.
5º Fui picada por um peixe aranha e fora a dor estúpida que passou relativamente depressa, ainda tenho um nódulo que quando carrego doi e já lá vai bem mais que uma semana.
6º Várias nódoas negras no tornozelo e braço (pronto... se calhar não devia contar... foi dos dois lados!) que consegui com as aulas de Windsurf (que fixe... adorei! I Love Tarifa! Não à auto-estrada!).
7º Consegui arrancar um bocado de tinta do portão que ficou alojado por baixo da minha unha do... mesmo dedo grandão! Felizmente não foi fundo... parti um bocado a unha mas não chegou a espetar na pele (ganda sorte ter perdido o meu corta-unhas!).
8º Ficava bem era agora dizer que tinha levado uma facada no coração... mas é tudo fita!

Satélite

A minha avó hoje disse que eu era um satélite... ando às voltas, às voltas e nunca mais pouso na Terra.

Feia

De um momento para o outro perdi toda a graça. Fiquei desengonçada a andar... não sei como é que se faz aquele sorriso que te contagia... aquele olhar insinuante. Feia e ridícula por alguma vez ter acreditado que alguém me podia achar linda! O peso da vergonha sobre os olhos. E tu a gozar o prato... tanta corda me deste para me enforcar... agora colhes o proveito de tanto esforço. Agora que te quero...

Zangada

Zanguei-me contigo porque me atrasei.
Atrasei-me porque demorei muito tempo a arranjar-me.
Demorei a arranjar-me porque me sentia feia (ainda sinto... só que não está aqui ninguém para ver!).
Acho que me sentia feia porque me zanguei contigo ontem quando não arriscaste deitar-te 1 minuto ao meu lado e negaste-me o sonho de fingir que dormia contigo. Resististe-me... como te atreves?!... O que vai ser de nós se para ti não sou irresistível?

terça-feira, agosto 30, 2005

Assim não dá!

Vens tu para aqui racionalizar os meus stresses... como é que eu posso ficar triste à vontade?!...

segunda-feira, agosto 29, 2005

Agora

Bom ou mau?
Tanto ou tão pouco?
Dor ou prazer?
Dor mais prazer?
Agora sinto o que se traduz por uma palavra sem tradução.
Com ou sem continuação.
Agora sinto.
Agora saudável.
Agora saudade.
(17 Agosto 2005)

segunda-feira, agosto 15, 2005

Presente

Ontem um amigo meu disse-me: "As pessoas más quando saiem da tua vida é um presente que te dão." Eu devia ficar contente, e na altura até pensei ser melhor assim, mas que fazer se eu também gosto das pessoas "más"? Se elas também fazem parte da minha vida e ocupam os seus lugares no meu coração que é cegueta e não tem discernimento... Perdi uma amiga. O meu amigo pensou: "Ela nunca foi tua amiga..." Mas não consigo deixar de sentir que perdi uma amiga e de ficar triste por não poder continuar a sair com ela, a trocar risos e desabafos, mesmo a irritar-me com ela. Passámos muitos e muito bons momentos e eu tenho saudades.

57

Ontem os meus avós fizeram 57 anos de casamento!

domingo, agosto 14, 2005

1-1=2

Ao princípio éramos 1. Eu cresci, formei-me e tive de me separar dela. Pela primeira vez há 30 anos e depois em doses moderadas devíamos ter feito o desmame uma da outra. Mas as rupturas eram muito dolorosas e fomos adiando o que não sabiamos ser inevitável. Agora a minha mãe parece que ainda não acredita que eu sou uma outra pessoa.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Psicologia barata

Atormentam-me violentamente os cães abandonados. Diz a psicologia barata que assim é porque eu me sinto abandonada, e que quando eu resolver a minha condição vou cagar nos animais abandonados e sofredores... eles que se desenrasquem!

quinta-feira, agosto 11, 2005

A pessoa mais feliz do Mundo

What have I done?
The sun is here already,
But light I see none,
Everything’s... all so steady...

This body I bury no longer can choose,
This body I caried had nothing to loose,

The choice had been mine,
But this feeling I bread,
Made me cross the line,
So I cry, as I die and I’m... dead!

Este foi escrito pouco depois do outro, devia ter 13-14 anos e continuava a sentir-me a pessoa mais feliz do Mundo!

A pessoa mais feliz do Mundo

My eyes aren’t crying,
The pain is too much,
My soul feels like dieing,
My hands have no touch.

So please tell me God,
Do I deserve this?
My eyes aren’t crying,
But my heart is.

É um bocado infantil...
Ou é adulto demais para uma míuda de 10-11 anos?
Uma coisa é certa... eu consideráva-me a pessoa mais feliz do Mundo. Vá-se lá entender uma coisa destas!

quinta-feira, agosto 04, 2005

O meu avô...

...segura no comando da tv com a mão esquerda e carrega nos botões a medo com o indicador direito, como se estivesse a mandar um míssil.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Tretas

Já consegui telefonar ao mecânico... há 14 dias que ando para marcar a revisão do carro que tinha de levar à inspecção até ao fim do mês (passado!). Já está! Não foi assim tão difícil... peguei no telefone, procurei o contacto do Sr. Aniceto, carreguei no botão e esperei... e lá falei com o Sr. que me pediu para ligar por volta das 19h para ver como é que estão as marcações. Provavelmente já não vou ter o carro pronto para o weekend, provavelmente vou sem inspecção para o Cadaval na 6ª-feira porque não posso levar as cadelas no carro dos meus avós e também não as posso deixar em casa... os vizinhos não gostam muito do coro estridente do uivo delas à noite e a minha mãe está nos Açores. Esta semana quase não posso sair de casa à noite por causa das cadelas. De dia também devo estar mais presente porque sem a minha mãe nem a Maria (que foi com ela) os meus avós esperam um apoio extra da minha parte. Vou também ter de cuidar das cadelas sozinha... dar comida 2/dia (desde que foram esterilizadas já não posso deixar-lhes a comida para irem comendo e tenho de ficar a ver para uma não ir roubar comida da outra, limpar o jardim, dar o letter à noite ao meu ursinho (tenho uma cadela muito letrada... não, estou a brincar, o letter é para a tiróide), dar mimos e atenção... Seca! Seca para mim e seca para quem teve a infeliz ideia de vir ler isto. A todos as minhas sinceras desculpas.

terça-feira, agosto 02, 2005

Antes e depois?

Antes levavas-me a casa, convidavas-me para jantar, passeavas comigo como se eu fosse preciosa, abraçavas-me como se me pudesses proteger de todos os males do Mundo, olhavas para mim como se me amasses incondicional e intemporalmente...

segunda-feira, agosto 01, 2005

Gulosa

Ao longo do dia vou tirando bocadinhos de fim-de-semana que guardei nos bolsos...
Devagar, com os olhos fechados, saboreio languidamente um pedacinho de areia, uma palavra meiga, o barulho das folhas das árvores a abanar ao vento, um olhar doce e uma colher de gelado, a cara no lençol, um beijinho, uma pipoca e um raio de Sol...
Pensei deixar para amanhã uma gargalhada e uma dentada no pescoço,
para o outro dia um mergulho, o vento na cara e uma flôr...
e para o resto da semana a molesa melosa de um abraço prolongado, um gemido, vozes de criança, o calor da pedra onde nos deitámos e um espreguiçar, pedacinhos de plástico colorido e um beijinho na barriga, mas sou tão gulosa...

Pescada

Foste tu que me deste a vida
nas tuas águas aprendi a nadar
com os peixes jogava à apanhada, mergulhava com os golfinhos
e às escondidas nas grutas com carangueijos e cavalos marinhos
nas tuas águas dancei com as algas ao som ritmado das ondas
enfeitada com pedaços de coral, pérolas e conchas
nas tuas águas sonhei o dia em que fosse pescada...
Foste tu que me deste a vida mas ainda não quero voltar