enquanto eu não volto...

abandono o meu corpo devagar lamentando cada milésimo de segundo... alguém cuidará dele enquanto eu não volto?

domingo, fevereiro 26, 2006

Sons

Algumas palavras que me agradam só pelo som!

Pistótira
Serigaita
Pipoca
Bomboca
Biscoito
Bolacha
Fisga
Gincana
Banana
Pirolito
Carrapito
Sardanisca
Carapau
Pirilau
Patavina
Carolina
Cotovia
Piolho
Repolho
Carapaça
Sapata
ou Batata Frita!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

1007 (nada a ver com nenhum modelo de carro!)

E assim de repente já 1007 pessoas andaram por aqui! Parabéns para mim? Acho que às vezes esqueço a razão pela qual comecei o meu blog... Comecei porque tive a necessidade de publicar uma data de coisas que tinha escrito e a coisa foi andando... hoje escrevo para desabafar, para dizer disparates ou para partilhar com os outros coisas que me tocam. Tenho noção que agora deito as coisas cruas cá para fora. Perdi na qualidade... os marinados, refogados, assados... os temperos e aqueles toques finais para decorar os pratos perderam-se. Temos pena! Sigo as minhas necessidades e se elas mudaram, azar! E foi por necessidade que resolvi explicar-me agora! Na realidade tenho é necessidade de pedir desculpa pelo decréscimo de qualidade da coisa. Sorry mas valores mais altos se levantam.

Obrigado a quem por aqui passou! Estou sempre a tentar convencer-me que não ligo lá muito a isso mas não é nada verdade. Muito obrigado!

Maria chorona

Tinha o single e ficava sempre a chorar quando o ouvia. Também os desenhos animados do D. Quixote me deixavam inconsolável com o desgraçado do cão que andava perdido, cheio de fome e de sede pelas áridas paisagens do interior de Espanha à procura do estúpido do dono que nem se lembrava que ele existia. De resto em qualquer documentário da vida animal era certo ir às lágrimas. O pior é que já trintona continuo na mesma. O Finding Nemo vi aos soluços do princípio ao fim, o King Kong foi só na segunda parte mas saí do cinema com a cara inchada e vermelhona para gozo dos meus amigos... aquelas comédias românticas então são o pior. Não aguentei A minha Namorada tem Amnésia, As Joias da Família, etc. Pronto... não chorei no Aeonflux, 1 só lagriminha no Munique e escapam os filmes de terror. E ora aqui está um post sem o mínimo interesse!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006


foto daqui

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Revelação

Desculpe! Sou uma daquelas pessoas que emana pedidos de desculpa pelos poros. Desculpe por estar à sua frente no trânsito, desculpe por ter de me servir um café, desculpe por ter de se chegar para o lado para se cruzar comigo no passeio, desculpe por tudo, desculpe por nada!

Tento minimizar o impacto negativo que causo ao resto do Mundo sendo simpática e sorridente, na esperança que me desculpem por existir. É muito difícil para mim passar à frente de alguém numa porta, na estrada temo que me pélo (pelo, sei lá, pêlo é que não deve ser!) empatar alguém, é dramático exigir os meus direitos (como os 30 ou 40 contos que o namorado da minha prima me cravou há 10 anos e que eu nunca fui capaz de pedir!), etc.

Estou consciente do ridículo da coisa e disfarço... peço o meu café com convicção (mas sorridente, claro!), obrigo-me a passar à frente de algumas amigas de vez em quando... mas a culpa está cá.

Culpa de quê? Pois ainda só há hipoteses. Na última sessão de grupanálise lembrei-me duma coisa que pode ter alguma culpa nesta culpa!

O meu pai morreu tinha eu 13 anos. Cirrose hepática. Era alcoólico! Não, não nos batia, mas era no mínimo uma companhia muito pouco agradável e cá está tema para mais um post porque aqui o tema é outro. O que aqui interessa é que não tinha grande afinidade com o meu pai. Era um sacrifício ter de passar as tardes de domingo com ele. E ele devia saber porque estava sempre a comprar-nos com presentes e brinquedos e motos! Claro que lhe tinha afecto, era o meu pai e amáva-me (dizem... e eu acredito). Mas pronto... morreu! E mesmo depois de morto continuou a comprar-nos! Deixou-nos uma herança. Uma perigosa herança para uma miúda hiperprotegida e mimada. Dinheiro com fartura (para olhos adolescentes!), uma herdade no Alentejo, uma casa no Montijo, um terreno na Arrábida, uma Quinta em Caneças, o apartamento onde morava e uma moradia na Parede, ah... já me esquecia da venda de outra herdade no Alentejo que decorria quando o meu pai morreu e que já tive de ser eu e o meu irmão a ir à escritura... acho que é tudo, mas sinceramente não o posso garantir (pois... e um carro e as nossas motos e o recheio da casa e uma madrasta também!)

E a culpa? A culpa vem do que nunca saiu da minha boca. Não por não ser mentirosa, que tenho a minha dose de mentira saudável para fugir do colégio com o namorado... Mas bolas... sei lá se ele não me lê os pensamentos... já é suficientemente mau o que eu pensava ou penso ou não, só podia ser pior mentir sobre isso, por isso nunca disse porque nunca acreditei que preferia o meu pai à herança.

Continuo depois.

Assustador

Hoje à conversa saiu-me o seguinte disparate:
-"... pois é, avô, ainda agora tinha entrado Janeiro e já estamos a chegar ao fim do mês!"
10 de Fevereiro... já estamos quase a meio de Fevereiro, bolas!

Soluções brilhantes!

Soluções brilhantes! Realmente brilhantes e tão evidentes que fora das situações até eu as vejo...

- Problema 1... quando estou em casa a tentar trabalhar (tentar fazer a porra do trabalho final) estou sempre a escorregar escada abaixo para a cozinha porque fico, mal me sento na cadeira, subitamente"cheia de fome" e nessas alturas uma peçinha (ou é pecinha?) de fruta jamais satisfaz e acabo sempre por comer o que queria e não queria e como por um lado já estou com uns kilinhos a mais e por outro não consigo sentar-me a trabalhar com a desculpa que tenho de ir comer porque a médica disse que devo comer regularmente para não chegar a ter fome...

- Solução brilhante para o problema 1: Arranjar, logo a seguir às refeições, um prato grande, variado e abundante de frutas, tostas integrais, queijo magro, tomate com oregãos, e uma guloseima ou outra também para a ansiedade e ir petiscando! Simples, não é?

- Problema 2... quando estou numa fase má (que se pode dizer que agora é o caso) entro num ciclo de auto-punição que reforça a fase má, arruinando das mais variadas maneiras (imaginação não me falta) os vestígios de auto-estima ainda existentes.

- Solução brilhante para o problema 2: Sair do ciclo vicioso! Dahhhh! Claro! Fazer algo por mim que me faça sentir bem e "puxar" uma fase boa! Ter mais cuidado com a alimentação, por exemplo, fazer mais exercício físico que faz um bem danado ao corpo e à mente e ainda tem a vantagem de me dar uma maior margem de manobra no campo da alimentação, etc, etc, etc... (como fazer a merda da depilação! Fogo! Que alívio! O que é que custava ter resolvido o assunto há 2 semanas?!!!)

Pronto... são só duas, e até pode parecer que estou a gozar mas o mais triste é que não...
Simples e fáceis, é absurdamente estúpido sofrer. Mas o facto é que caio e volto a cair nos mesmos erros e depois choro e a constatação da existência de soluções tão simples e fáceis como estas só me faz sofrer mais. Cega de raciocínio positivo e construtivo. Paralizada para tudo o que não me faça sentir pior. Vamos lá ver onde é que isto vai dar. (Esta semana voltei a tomar o Cipralex... mas acho que isso merece o seu próprio post)