enquanto eu não volto...

abandono o meu corpo devagar lamentando cada milésimo de segundo... alguém cuidará dele enquanto eu não volto?

quinta-feira, setembro 08, 2005

Amigas, perdões e outras questões

Podíamos já não ser amigas há tanto tempo... tinha sido tão fácil... tantos motivos de afastamento... um único de união... Cada nova vez que estou com ela reforço a convicção de ter tomado a melhor opção há quase 10 anos quando lhe disse: "...deixa lá... namorados vão e vêem, amigos são para sempre!" E para sempre continuaremos amigas e ainda bem. Adoro-a. Com 7 ou 8 anos ensinou-me o que era perdoar e eu retribuí com 20. Não foi uma troca pensada... toma lá dá cá... foi o meu coração que teve uma boa professora e uma boa lição. Não posso dizer que foi fácil... mas foi uma das melhores coisas que fiz e tenho medo de nunca mais ser capaz de voltar a fazer. O perdão é uma experiência maravilhosa que cada vez tenho mais dificuldade em alcançar. O cérebro dá a ordem... perdoa... mas o coração é rebelde, indomável e guarda bocadinhos de dor embrulhados em papel de orgulho para oportunamente os oferecer. Talvez tenha novamente de magoar alguém para que o seu perdão me sirva de exemplo... de facto não me tenho sentido muito perdoada ultimamente... nem poderia porque eu sou a primeira a não me perdoar por tudo o que me tenho feito. Talvez seja essa a raiz desta dificuldade em perdoar os outros... não consigo vivenciar o perdão porque tenho de começar por mim e ainda não consegui. Talvez...

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